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Santarém – Pela primeira vez, edição de genoma em debate na Feira Nacional de Agricultura

Pela primeira vez na história da Feira Nacional de Agricultura, as Novas Técnicas de Melhoramento de plantas, entre as quais a edição de genoma, vão ser tema em discussão na 56.ª edição do evento, que decorre entre 8 e 16 de junho.

Na manhã do dia 11 de junho, a sala Scalabis do Centro Nacional de Exposições, em Santarém, vai acolher dezenas de investigadores e agricultores nacionais e espanhóis para discutirem os aspetos científicos da edição de genoma e das suas aplicações em contextos reais no Seminário “Poderá a agricultura portuguesa usufruir das Novas Técnicas de Melhoramento?”, promovido pelo CiB-Centro de Informação de Biotecnologia em parceria com a CAP-Confederação dos Agricultores de Portugal.

A intervenções da investigadora espanhola Pilar Cubas sobre os aspetos científicos da edição de genoma e a ciência por trás das Novas Técnicas de Melhoramento irá abrir o seminário, que contará também com as intervenções da adida para a agricultura da Embaixada dos Estados Unidos em Espanha e Andorra, para falar dos aspetos regulatórios da edição de genoma.

Para testemunhar os resultados da aplicação das Novas Técnicas de Melhoramento em contextos reais – em Espanha e em Portugal -, estarão presentes como oradores o agricultor espanhol Pedro Gallardo, presidente da ALAS-Aliança para uma Agricultura Sustentável, vice-presidente da ASAJA- Associação Agrária de Jovens Agricultores, e o agricultor português José Palha, presidente da ANPOC-Associação Nacional de Produtores de Cereais e Diretor da CAP-Confederação dos Agricultores de Portugal.

Um dos pontos mais esperados deste evento será a intervenção do economista agrícola britânico Graham Brookes, que irá apresentar e comentar as conclusões do relatório da sua autoria “Vinte e um anos de milho resistente a insetos (GM) em Espanha e Portugal – contribuições agrícolas, económicas e ambientais.”

Este estudo inovador avalia os impactos económicos e ambientais do milho geneticamente modificado (GM) resistente a insetos na Península Ibérica desde 1998, altura em que se fez a primeira plantação em Espanha. Desde então, cerca de 1,65 milhão de hectares foram plantados com milho com essas caraterísticas, o que resultou num aumento no rendimento dos agricultores de mais de 285,4 milhões de euros. Segundo os cálculos de Graham Brookes, “por cada 1 € extra gasto com as sementes GM em relação às sementes convencionais, os agricultores ganharam um adicional de 4,95 € em rendimento extra.”

No relatório pode ler-se que a tecnologia utilizada reduziu a pulverização de inseticidas em 678.000 kg de ingrediente ativo (−37%) e, como resultado, diminuiu o impacto ambiental associado ao uso de herbicidas e inseticidas nessas culturas (em 21%, conforme medido pelo indicador, o Quociente de Impacto Ambiental-EIQ).

Ainda segundo o economista agrícola britânico, a tecnologia também permitiu reduzir o consumo de combustível, o que também resultou na redução da libertação de emissões de gases de efeito estufa da área de cultivo de milho transgénico e contribuiu para a economia de recursos hídricos escassos.
A participação neste evento é sujeita a inscrição prévia ou a confirmação de presença por telefone ou email.

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