O encerramento pela Segurança Social dos dois lares de idosos ilegais no Cartaxo e Salvaterra de Magos foi apenas “administrativo”, pois os estabelecimentos continuam a funcionar com os idosos. Segundo o Mais Ribatejo apurou, como se verificou que não existiam maus tratos aos idosos e que não estavam em perigo, o Instituto da Segurança Social decidiu o encerramento administrativo. Os familiares dos utentes serão agora contactados para que retirem os idosos no prazo de 30 dias dos dois lares que se encontram em situação ilegal.
A Guarda Nacional Republicana anunciou hoje o encerramento administrativo de dois lares ilegais nos concelhos de Salvaterra de Magos e Cartaxo, após uma denúncia pelo crime de maus-tratos, situação que “não se verificou”, segundo a GNR.
Apesar de não se verificarem maus-tratos, a GNR apurou que “os lares se encontravam a funcionar ilegalmente, tendo a Segurança Social procedido ao encerramento administrativo”.
Uma vez que “não estavam em perigo”, continuam no lar de Salvaterra de Magos cinco idosos e no lar do Cartaxo outros sete, apesar do encerramento administrativo. Isto porque a Segurança Social não tem capacidade para acolher os idosos no único lar que possui em Santarém, nem conseguiu assegurar colocação noutros lares.
Segundo a GNR, o encerramento destes dois lares ocorreu na sequência de duas ações de fiscalização aos locais, nos dias 3 e 9 de julho, com a participação do Comando Territorial de Santarém da GNR, através do Núcleo de Investigação e Apoio a Vítimas Específicas, em conjunto com o Departamento de Fiscalização da Segurança Social de Lisboa e a Autoridade de Saúde Local.
Segundo a GNR, a situação nestes dois lares para idosos estava a ser investigada “há cerca de um mês, após uma denúncia pelo crime de maus-tratos”.
Não se verificaram situações de maus-tratos, mas nas ações de fiscalização foram identificadas “as proprietárias dos referidos lares, duas mulheres, de 68 e 64 anos, que mantinham os idosos em condições inapropriadas”, refere o comunicado da GNR, acrescentando que os lares estavam ilegais, tendo os factos sido remetidos para o Tribunal Judicial de Santarém.