Face à greve dos motoristas de matérias perigosas e de mercadorias, convocada para 12 de agosto, por tempo indeterminado, o presidente da Câmara do Cartaxo, Pedro Magalhães Ribeiro convocou uma reunião com todos os operadores de combustíveis do concelho. A reunião decorreu ontem, dia 8 de agosto, no edifício-sede do município.
Para Pedro Magalhães Ribeiro, presidente da Câmara Municipal do Cartaxo, “É fundamental, neste momento, trabalharmos em conjunto com aqueles que têm postos de combustível no concelho, de forma a assegurarmos as condições de segurança necessárias para que o abastecimento decorra de forma tranquila perante a crise energética já declarada, nomeadamente naquilo que diz respeito aos meios de segurança, proteção civil, bombeiros e de um conjunto de instituições que prestam serviços nas áreas de saúde e apoio social”.
No concelho, o operador integrado na Rede Estratégica de Postos de Abastecimento (REPA) definida pelo governo – cujo serviço estará assegurado a 100% e o abastecimento limitado a 15 litros de combustível por viatura – é o posto de combustível do Intermarché, situado na cidade do Cartaxo, na Avenida Mestre Cid. É este o posto que garante, também, a reserva necessária para o abastecimento dos veículos prioritários e de emergência.
Pedro Magalhães Ribeiro apela a toda a população para “utilizar os carros, motas e todo o tipo de transportes movidos a combustível fóssil apenas nas deslocações essenciais” e alerta para o perigo de armazenamento deste tipo de matéria perigosa “é necessário mantermos o bom senso e a moderação e não armazenarmos combustível em casa, garagens ou arrecadações, devido ao risco de libertação de vapores e de inflamação”. O autarca manifesta, também, a sua preocupação com o sector agrícola e refere que “em época de colheita daquelas que são as culturas mais abundantes no concelho, como é o caso do tomate, é necessário acautelar todos os recursos para que estas operações – quer de colheita, quer de transporte – não sejam afetadas pela falta de combustível, colocando em causa um ano inteiro de trabalho.”
O autarca adianta ainda que, caso a greve dos motoristas de matérias perigosas e de mercadorias se prolongue no tempo, a Câmara Municipal está já a preparar um plano de contingência com vista à reorganização dos circuitos e respetivas rotas dos veículos de recolha de resíduos urbanos, “de forma a minimizar o consumo de combustível e a garantir o serviço em todo o concelho” e apela para “que também neste campo tenhamos consciência cívica, diminuindo, dentro do possível, a produção de resíduos e evitando a sua deposição diária nos contentores de rua, caso estes se encontrem lotados.”