A divulgação das listas de colocação de 24 mil professores a meados de agosto esvaziou problemas decorrentes de erros na lista de graduação mas o ministério da Educação não se livra de uma classe que está a envelhecer e dos sindicatos que acusam o Governo de não lhes dar o que é de direito.
Ainda esta semana, os sindicatos – reunidos numa plataforma cujo porta-voz é Mário Nogueira, secretário-geral da Fenprof – anunciaram que a luta pela recuperação integral do tempo de serviço congelado vai continuar, sendo a principal reivindicação da manifestação nacional agendada para 5 de outubro, dia do Professor e – este ano – coincidindo com o dia de reflexão antes das eleições legislativas.
A falta de funcionários é um problema que marcou todo o ano letivo passado, tendo até obrigado a alguns encerramentos pontuais, que o governo não quis ver repetido. Ainda assim, há concursos para colocação de auxiliares a decorrer e acredita-se que, o mais tardar em outubro, tudo esteja resolvido.
De acordo com a agência Lusa, o Ministério da Educação garante que, por resolver está apenas o processo concursal para a integração nos quadros de 1.067 assistentes operacionais nas escolas e haverá apenas “cerca de 60 escolas que ainda não iniciaram o procedimento para contratação dos assistentes operacionais que lhes foram autorizados”.
Estes números podem ser enganosos, ou seja, podem significar uma alteração do vínculo laboral, deixando de ser precário, e não um aumento real do número do funcionários. Filinto Lima, representante dos administradores escolares, explica à Lusa que será necessário um período de avaliação mas realça que, graças à introdução de uma bolsa de contratações no sistema educativo, é agora mais fácil substituir trabalhadores em caso de baixa prolongada, por acidente ou doença, ou de licença parental.