Eu já sabia que a Quinta da Ribeirinha tinha produzido um vinho branco elaborado a partir de uvas tintas da casta castelão, porque semanas antes tinha participado no almoço de apresentação do Festival Nacional de Gastronomia ocorrido nas airosas instalações dessa Quinta onde o anfitrião, o Senhor Doutor Morgado anunciou a novidade.
A novidade salvo melhor opinião recuperou usança antiga na vinificação dando origem a um vinho em tom rosado muito esbatido com filamentos violáceos, do qual se desprendem aromas a fruta madura bem concentrada cuja expressão no palato é calorosa e tentadora do ânimo da repetição.
Acho-o capaz de dar resposta altiva e amigável a carnes frias depois de cozinhadas género rosbife, fumadas como é o caso de presunto de canónica cura, caça de pena, peixes brancos e queijos secos em farias finas.
Armando Fernandes