A Conferência Episcopal Portuguesa determinou hoje a suspensão das missas, mas na Diocese de Santarém, o Bispo D. José Traquina já tinha publicado a nota com o título “Solidários no dever ético de evitar a propagação do COVID – 19” na qual suspendeu a catequese de crianças e jovens, as visitas a lares de idosos, e dirige uma série de recomendações à Diocese.
“Em consonância com as indicações do Governo e das autoridades de saúde”, a CEP – Conferência Episcopal Portuguesa “determina que os sacerdotes suspendam a celebração comunitária da Santa Missa até ser superada a atual situação de emergência”.
Também “devem seguir-se as indicações diocesanas referentes a outros sacramentos e atos de culto, bem como à suspensão de catequeses e reuniões”.
A CEP recomenda que “estas medidas devem ser complementadas com as possíveis ofertas celebrativas na televisão, rádio e internet.
Permaneçamos em oração pessoal e familiar, biblicamente alimentada, confiados na graça divina e na boa vontade de todos”.
Por seu lado, o Bispo de Santarém publicou a seguinte nota:
“Acompanhando a preocupação de todas as pessoas, devidoa insegurança provocada pela facilidade de propagação do corona vírus, tenhamos presente as instruções e recomendações de comportamento dadas pela Direção-Geral de Saúde e outras que surjam do Governo ou Autarquias.
Em todas as circunstâncias, seja evitado o pânico; em nada ajuda a discernir o procedimento correto. Entretanto, quanto à atividade pastoral na Diocese, informo algumas decisões e indico algumas recomendações que poderão a qualquer momento ser atualizadas:
Na Catequese, depois de ouvir o responsável do Secretariado Diocesano, é de suspender os encontros de catequese das crianças e adolescentes até ao dia 29 de março. Os escuteiros já têm a suspensão de todas as atividades, de quinze dias a partir de 10 de março,indicada pela Junta Nacional do Corpo Nacional de Escutas.
Quanto à Liturgia, haja prudência nas celebrações litúrgicas, seguindo as recomendações do Conselho Permanente da Conferência Episcopal Portuguesa: a Comunhão na mão, a Comunhão por intinção dos sacerdotes concelebrantes, a omissão do gesto da paz e o não uso da água nas pias de água benta.
Quanto às Confissões na Quaresma, a juízo do Pároco, podem passar para depois do Domingo de Páscoa. Porém, não se negue o Sacramento a quem o pede, devendo tomar-se as devidas precauções de um metro de distância. Não é concedida autorização para promover “absolvições coletivas”.
Quanto à Pastoral social, é de seguir as indicações de suspensão de visitas aos Centros de Dia e Lares de pessoas idosas, excetuando os casos de absoluta necessidade, em conformidade com outras indicações de autoridades competentes. Para apoio de pessoas idosas que estão em casa, substitua-se a visita por uma palavra com o uso de telefone.
Também, relativamente às Creches e Jardins de Infância, as instituições devem estabelecer os seus planos de emergência para estarem prevenidas e poderem responder em qualquer situação que se configure com os sintomas da infeção.
Se as circunstâncias não se alterarem, no Tríduo Pascal, deve omitir-se o rito do Lava-pés, na Quinta-feira santa e na ‘Adoração da Cruz’, na Sexta feira Santa, deve evitar-se os beijos, fazendo-se a reverência à cruz com a genuflexão ou uma profunda inclinação.
Neste contexto, informo que já foram adiadas várias atividades diocesanas programadas para as duas próximas semanas, entre outras a Visita Pastoral na Paróquia de Pedrógão (Torres Novas) e o Cursilho de Cristandade (em Santarém).
A concluir, sugiro que nos unamos em oração, rogando por todos, não esquecendo os médicos, enfermeiros e outros profissionais de cuidados de saúde”.
+ José Traquina, Bispo de Santarém