Feita a prova sensorial, tal como faço mais ou menos demoradamente, estabeleço prosaica e egoísta classificação do vinho degustado, tendo o cuidado de mão esquecer os pergaminhos das castas intervenientes na sua elaboração e fazer um prognóstico relativo à sua longevidade em plena virtualidade e pujança.
No caso presente, desde que bem guardado, em boas condições de armazenamento, auguro-lhe boa duração em virtude da acerta conjugação da acidez da casta Fernão Pires, o floral perfumado e acetinado da casta Gerwurztraminer que tanto renome detém na Europa Central a derramar por todo o universo vinícola e a macia, amanteigada e tersa Chardonnay.
Não sou, nem pretendo ser pitonisa, mas que este branco mavioso que tanto pode ser bebido prazenteiramente sozinho na condição de aperitivo ou acompanhar carnes frias fumadas ou em cru (carpaccio, roast-beef), peixes brancos de todas as formas e feitios, em conserva, sem esquecer as ovas, queijos e frutos secos, o seu volume (13º) suporta elegantemente o embate é desejado não só no Verão, mas em todo o ano.
Armando Fernandes
Região: TEJO. Produzido e engarrafado por Quinta da Atela. Alpiarça