Perante a declaração judicial da insolvência da Fleximol, a organização concelhia do Cartaxo do PCP manifesta a sua “incondicional solidariedade para com os trabalhadores neste momento de grande incerteza relativa ao futuro da empresa”.
Em comunicado, o PCP declara também a sua “oposição ao encerramento da Fleximol, empresa instalada no Cartaxo desde a sua constituição, e desenvolve aqui a sua actividade há mais de trinta anos”.
A Fleximol emprega directamente mais de uma centena de trabalhadores, sendo uma unidade industrial de referência nacional e internacional na produção de suspensões de veículos.
Segundo o PCP, o aumento do desemprego no concelho do Cartaxo nos últimos meses tem sido na ordem das centenas, provocando um substancial agravamento nas condições de vida da população e da actividade económica do concelho. A Fleximol era até há pouco tempo, a empresa no concelho com mais trabalhadores ao seu serviço.
“Quer pelo número de trabalhadores que emprega, quer pelo vasto número de postos de trabalho indirectos que gera e que prestam os mais variados serviços para esta empresa, resulta uma actividade de significativa importância para a economia local”, afirma o PCP, considerando que “a Fleximol não pode ser mais uma empresa do concelho a encerrar”.
Para o PCP do Cartaxo, “no momento em que o governo PS, promete apostar na reindustrialização do país, a reversão desta insolvência, seria uma importante oportunidade para sintonizar essa declarada vontade, através de apoios oficiais à manutenção da actividade da Fleximol”.
“Em Setembro de 2019, a CDU, conhecendo as dificuldades desta empresa, apresentou na Assembleia Municipal do Cartaxo uma moção de solidariedade para com os trabalhadores da Fleximol e de preocupação com o futuro da empresa e simultaneamente apelava às entidades oficiais nacionais e locais para que promovessem as diligências necessárias para a sobrevivência desta unidade industrial”, recorda o comunicado.
“É pois com grande preocupação pelas repercussões económicas, num concelho já com uma atividade económica depauperada, que o PCP regista elevada preocupação com a declaração de insolvência desta empresa”, refere o comunicado.
Perante esta situação, o PCP “exige o envolvimento das entidades oficiais num plano de insolvência – plano de recuperação, com o objectivo da reactivação da actividades desta relevante unidade industrial para o concelho e para o país”.