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Bloco de Esquerda questiona governo sobre perda salarial dos trabalhadores do entreposto do Lidl de Porto Alto

O Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda questiona o Ministério do Trabalho sobre a redução do horário de trabalho e perda salarial dos trabalhadores do entreposto do Lidl de Porto Alto, através de uma pergunta entregue na Assembleia da República.

O Bloco refere que o Lidl é uma empresa multinacional retalhista que, de acordo com a informação disponível no site, conta com cerca de 6800 trabalhadores em mais de 256 lojas, de norte a sul do país. No Porto Alto localiza-se um entreposto do Lidl de produtos não alimentares.

Segundo notícia avançada pela imprensa local os trabalhadores do Porto Alto, no concelho de Benavente, encontram-se em greve para contestar a decisão de tornar definitiva a redução de horário e salário que tinha sido proposta em maio como temporária.

De acordo com o CESP (Sindicato do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal) os trabalhadores teriam aceite a redução de 40 para 32 horas semanais proposta em maio, dado a medida ter sido apresentada como temporária e a única forma de evitar despedimentos. A redução de horário implicou a redução do salário em 150 euros mensais.

Por essa razão os trabalhadores do entreposto de Porto Alto, cerca de 36 dos 50 trabalhadores, que reivindicam a retoma do horário das 40 horas, permaneceram, em greve, junto às instalações depois de ter sido recusada uma reunião para discutir a decisão da empresa.

O Bloco de Esquerda salienta que o Lidl gerou em 2018 mais de 2.000 milhões de euros, 1% da riqueza gerada pela economia portuguesa (PIB), de acordo com um estudo sobre o impacto da cadeia de supermercados realizado pela KPMG divulgado em 2019. Assim sendo, não é credível que a empresa não possa acomodar o pagamento dos salários dos trabalhadores.

“Esta situação comporta um custo desproporcional para os trabalhadores abrangidos e carece de ser revertida sob pena de causar prejuízos irreparáveis aos trabalhadores”, afirmam os deputados do Bloco.

Atendendo ao exposto, o Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda dirigiu ao Governo, através do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, as seguintes perguntas: “O Governo tem conhecimento desta situação? Foram realizadas ações inspetivas por parte da Autoridade das Condições de Trabalho ao entreposto do Lidl em Porto Alto? Quais foram os resultados das ações inspetivas? O Governo está disponível para encetar diligências com vista a garantir que o horário de 40 horas dos trabalhadores do entreposto do Lidl de Porto Alto é retomado?”

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