Quinta-feira, Março 28, 2024
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Gosto de ser Ministra

A senhora Dona Maria do Céu Albuquerque gosta ser ministra. É ministra da agricultura. Podia ser de solas e cabedais, de secos e molhados ou de outra coisa qualquer. Não sendo virgem politicamente, desempenhou os cargos de Vereadora e Presidenta da Câmara de Abrantes. Fez o tirocínio governamental na categoria de ajudante de ministro (secretária de Estado), eleita deputada nas últimas eleições legislativas, notabilizou-se na função de catequista e dada a sua juventude esperam-se grandes cometimentos da fervilhante política que no intuito de ganhar tempo segundo os jornais executa pilates no gabinete.

Feita Ministra ouviu clamores em virtude de o Ministério ter perdido competências de foro florestal, a senhora fez-se de mouca, a amputação até lhe agradou dado o alívio no tocante aos eucaliptos, aos pinheiros e demais espécies arbóreas. Não protestou, aceitou cordata e alegremente a decisão de António Costa, a seguir rumou até Trás-os-Montes a fim de provar fumeiro e vinhos regionais.

Aborrecida por não sair do anonimato no decurso de uma visita a uma Feira de frutos na Alemanha sem temor das consequências nem rebuço de nenhuma espécie salientou a oportunidade dada aos frutos portugueses ante as medidas do enclausuramento esquecendo a progressão da peste e a enormidade do aproveitamento da desgraça alheia. António Costa aguentou a bojarda e registou.

A morte de cães e gatos não foi um massacre (António Costa dixit), foi um acto triste e doloroso para os donos dos animais mortos, o primeiro-ministro impelido a sossegar os activistas urbanos do nivelamento social dos irracionais com os racionais retirou a importante Direcção-Geral Veterinária da tutela do Ministério da Agricultura e vergastou publicamente o director-geral. A ministra remeteu-se ao silêncio, ensaiou aparições de empenhamento político, relativamente aos cães e gatos de Conrado enfiou-se na toca do silêncio evidenciando aguda ausência de sentido de Estado e enorme gula em se manter no governo. Dúvidas houvesse, a Dona Maria do Céu demonstrou férreo apego ao poder. Ela gosta de ser ministra!

Armando Fernandes

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