Como é que as Entidades Gestoras dos Sistemas de Abastecimento e Saneamento reagiram ao impacto da pandemia de COVID-19? Será que já existiam práticas inovadoras que ajudaram a lidar com a situação? Como será o futuro? Será que após a pandemia vão existir mudanças na forma como as organizações desenvolvem a sua atividade? Estas foram algumas das questões tratadas no webinar “COVID-19 – Acelerador de Decisões na Inovação” realizado pela Associação Portuguesa de Distribuição e Drenagem de Águas (APDA).
Miguel Carrinho, Diretor Administrativo e Financeiro da Águas do Ribatejo e coordenador da Comissão Especializada de Inovação (CEI), que promoveu o evento, defendeu que não se deve ficar à espera que este tipo de eventos, como a pandemia, surja para definir estratégias e implementar medidas. Segundo Miguel Carrinho, o departamento de informática da Águas do Ribatejo foi fundamental para gerir a situação, sendo uma vantagem a maioria dos colaboradores já estar dotado de ferramentas tecnológicas devido à dispersão territorial da empresa. Em simultâneo, foi requisitado um aumento da capacidade de banda de rede da empresa. Desta feita, a resposta aos desafios da pandemia foi muito natural e o balanço do teletrabalho instituído foi bastante positivo. Segundo Miguel Carrinho, a sociedade iria mais cedo ou mais tarde considerar o teletrabalho uma opção, mas a pandemia veio impulsionar em muitos anos essa resistência. Outra nota a reter é de que a “inovação é muito mais do que a digitalização”.