A senhora Graça Fonseca envergando o vestido de ministra da cultura colecciona asneiras, gosta de frequentar o Frágil e beber um drink ao fim da tarde. A senhora consegue a proeza de desagradar a todos os sectores da cultura excepto aos elementos do seu séquito porque não inclui um menino do timbre e ousadia do que entoou o rei vai nu causando gáudio geral e vergonha ao monarca em pelota.
O ministro Cravinho após ter envergado a falsa farda de combate mirou a face talhada em forma de cunha, sentiu-se possuído de veleidades de arrojo e, na falta de assunto, deu-lhe uma febre de ficar nos anais militares como o genial podador da linguagem castrense. O rubicundo ministro qual cravinho a polvilhar arroz-doce com a especiaria na ânsia de pretender a igualdade de género na especificidade do cânone militar iria dar azo a extravagante babel ao estilo da majora (Major) pedir à tenenta (Tenente) que ordenasse à sargenta (Sargento) que dissesse à caba (Cabo) para lhe levar um café e dizer ao ordenanço (Ordenança) que pretendia dois recrutos (Recrutas) para limparem o gabinete da tenenta-coronela (Tenente-Coronel). Este exemplo é um em centenas que fazem parte do léxico militar, sendo excomungadas as expressões escatológicas, uma delas empregue por Pinheiro de Azevedo no decurso de uma manifestação no Terreiro do Paço.
Vários articulistas têm chamado a atenção para a crescente maré do activismo impregnado de tiques totalitários oriundos do comunismo e do fascismo a pretender a revisão da história, da antropologia, da literatura e da linguagem numa perspectiva sociológica de igualitarismo rasca, nivelador por baixo, impondo a cilindragem das variantes culturais – de vida – das mulheres, dos homens, de todas e todos, livres da imposição de qualquer canga. Se mulheres ou homens quiserem afivelar carrancas o problema é delas e deles. Os 48 anos de salazarismo chegam e sobram!
Armando Fernandes