A sessão da Câmara de Abrantes estava a ser transmitida em direto no Facebook do Município, quando o antigo empresário da construção civil Jorge Ferreira Dias interrompe a reunião e profere ameaças ao presidente e vereadores.
No vídeo que aqui reproduzimos, é possível ver o indivíduo a proferir ameaças aos autarcas. Perante a ordem para abandonar a sala, Jorge Ferreira Dias avançou para o presidente e partiu para a agressão, ao minuto 46 da sessão, momento em que foi interrompida a transmissão, sendo apenas percetível no áudio o momento das agressões que se seguiram.
Muito exaltado e munido de um varapau com ponteira de metal, o homem agrediu ontem de manhã em plena sessão da Câmara de Abrantes, o presidente Manuel Valamatos e o vice-presidente João Gomes, e ainda dois funcionários que o tentaram deter. Os quatro tiveram de receber tratamento hospitalar.
O vídeo pode ser visto aqui.
Recorde-se que o ex-empresário mantém há anos um diferendo com a Câmara de Abrantes. O antigo empresário realizou ao longo dos anos sucessivas ações de protesto contra a autarquia. Fez reclamações no livro amarelo, foi a reuniões de Câmara, Assembleias Municipais, protestou com burros à porta da Câmara, deixou crescer a barba, barrou o caminho no dia da inauguração da nova ETAR dos Carochos e tentou numa reunião de câmara, levantar a mesa, tendo arrancado um pedaço de barba e ameaçado os membros do executivo.
Há um ano, a Câmara Municipal de Abrantes foi notificada da sua absolvição no processo n.º 842/13.7BELRA, intentado pela empresa “Construções Jorge Ferreira Dias” que correu trâmites no Tribunal Administrativo e Fiscal de Leiria.
Neste processo que Jorge Ferreira Dias interpôs contra a Câmara Municipal de Abrantes, o empresário pedia 6 milhões de euros de indemnização. Na origem deste conflito, esteve uma ação interposta pela Câmara Municipal de Abrantes, em 2009, que acusou a empresa Construções Jorge Ferreira & Dias, Lda. de se ter apropriado de uma parcela de terreno no Olival do Barata, na Encosta Norte da cidade. Problema que o ex-empresário considera ser a causa da sua desgraça, passando da expansão à insolvência, arrastando empresas e clientes.