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Procura de produtos de sex shop aumenta com o distanciamento social

Brinquedos sexuais satisfazem durante pandemia

A pandemia da Covid-19 já é um marco histórico, que cunha decisivamente as nossas vidas e, claro, a História da Humanidade. A doença provocada pelo novo coronavírus trouxe uma crise sanitária, económica e social sem precedentes. O Grande Confinamento, o período em que milhões de pessoas um pouco por todo o mundo ficaram confinadas nas suas casas, foi, talvez, o momento mais crítico desta crise.

Esse longo período de isolamento e distanciamento social deixou a nu algumas questões, uma das quais nos traz aqui hoje: o sexo. Analisaremos a matéria a partir da evidência que foi o aumento da procura por brinquedos sexuais e brinquedos eróticos registados pelas sex shops em Portugal. Não se tem falado muito sobre este tema, que afeta a saúde e o humor de todos nós, tendo também implicações familiares e uma dimensão social relevante. Sim, a Covid-19 foi desafiadora para casais e solteiros.

Brinquedos sexuais e brinquedos eróticos, tais como vibradores e sex toys para mulheres, foram artigos muito procurados durante a pandemia. O que explica isto? Há dois fatores que podem ajudar a explicar este aumento: tanto casais a viver em cenário de coabitação que quiseram explorar novas fronteiras sexuais, como solteiros em isolamento com vontade de satisfazer o desejo sexual.

“Na cama dos portugueses”: estudo revela gosto por vibradores

Contudo, estas tendências não são de agora, apenas se agudizaram com a pandemia. Brinquedos eróticos e brinquedos sexuais, tais como sex toys para mulheres ou vibradores já eram procurados. “Na cama dos portugueses”, um estudo da autoria de José Borralho citado pela revista Sábado, indica que 15% dos inquiridos usa brinquedos sexuais e brinquedos eróticos, como por exemplo vibradores e outros sex toys para mulheres. O mesmo inquérito refere que 25% dos portugueses consomem livros eróticos e 27% compra roupa para os seus “jogos sexuais”.

Assim chegámos a 2020 – o ano do “fique em casa”. E, convenhamos, ficar em casa não é o fim do mundo quando se fala de sexo.

O problema é quando não somos nós que o escolhemos, mas as autoridades de saúde. Seja como for, na equipa dos solteiros, a inibição e a proibição de frequentar espaços sociais onde é normal conhecer novas pessoas, fez com que ficar em casa fosse uma oportunidade para o autoconhecimento e a autodescoberta do corpo. Artigos para ajudar à festa não faltaram! Brinquedos sexuais e brinquedos eróticos são usados por homens e mulheres – estas têm os sex toys para mulheres e os vibradores.

Por outro lado, os casais viveram uma realidade ainda mais distinta, sobretudo aqueles já com família. Para além da angústia e ansiedade provocadas pela crise, cenários como a telescola e o teletrabalho vieram tornar o dia a dia mais difícil. Isso fez com muitos casais tivessem que reinventar a sua relação.  Os números das vendas dos brinquedos sexuais e dos brinquedos eróticos, desde sexy toys para mulheres até vibradores permitem-nos concluir que estes foram instrumentos preciosos nesta fase. 

Os números das vendas de brinquedos eróticos

Pedro Correia, gestor da Vibrolândia, declarou ao Correio da Manhã  que os artigos mais vendidos na sua sex shop online são os masturbadores com controlo à distância. Várias lojas registaram aumentos de 50% quando em comparação com números pré-pandemia. Podemos ainda relacionar estes números com afirmações de sexólogos, que dizem ter registado um aumento da curiosidade dos seus pacientes em questões relacionados com brinquedos eróticos ou brinquedos sexuais.

Quando questionado sobre a pandemia, Pedro Correia salienta que as vendas online subiram ao longo deste ano, uma opinião que é partilhada por vários empresários do mesmo setor. Para além dos vibradores e sex toys para mulheres, outros brinquedos sexuais e brinquedos eróticos foram muito procurados. Entre estes estão ovos vaginais, óleos, anéis e bombas penianas. 70% das vendas da loja fazem-se pela internet, um número paradigmático e que também pode ser relacionado com a pandemia.

Não foram só brinquedos sexuais

Se fizermos uma curta viagem pelas notícias relacionadas com o assunto durante a pandemia, verificamos que a relação entre sexo e a pandemia não se notou apenas na venda e uso de brinquedos sexuais e brinquedos eróticos, como vibradores e sex toys para mulheres. O Pornhub, por exemplo, ofereceu gratuitamente a sua assinatura premium. Também o Tinder, aplicação de dating e encontros, ofereceu uma das suas opções, o Tinder Passport, que permite ao utilizador ligar-se com pessoas de todo o mundo, e não apenas com aquelas que estão perto de si.

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