
Com a cidade de Tomar a assumir a Presidência da rede templária europeia, como noticiado no jornal Mais Ribatejo, neste ano há ainda uma data para assinalar: os 850 anos do castelo de Almourol.
Atento a estes factos, o arquiteto Tomás Reis criou uma proposta que apresenta aqui no Mais Ribatejo na forma de desenho conceptual: um percurso, de cota variável e planta circular, que une as margens do rio Tejo. Com esta requalificação dos acessos ao castelo de Almourol, melhoram-se as condições de visita de um dos mais importantes monumentos templários de Portugal, refere o arquiteto.



Mandado erigir por Gualdim Pais em 1171, o castelo mantém algumas das características originais, a torre de menagem e o alambor. O castelo mostra ainda a sofisticação da arquitectura militar da Ordem dos Templários, com a disposição das cercas defensivas a seguir o relevo da ilha e a escarpa sobre o rio, refere a memória descritiva da proposta do arquiteto Tomás Reis, adiantando que já no século XIX, Almourol chamou a atenção de vários visitantes, que nele viram uma ruína romântica, representada em várias gravuras.
Para o arquitecto, o desafio que se coloca hoje é repensar o valor patrimonial do castelo, no despertar para a crise ambiental em que vivemos. “O local parece ter sofrido mais alterações ambientais ao longo das últimas décadas do que nos oito séculos anteriores: o rio Tejo tem menos caudal, num clima mais árido, ameaçando o espelho de água que envolve o castelo”, afirma Tomás Reis.



Esta proposta de arquitectura distribui a atenção do visitante: não é só o castelo que conta a história do lugar; é também a sua relação com os elementos naturais que o envolvem.
O percurso mantém uma distância dos recintos muralhados, respeitando a sua integridade, e abraça o leito do rio, a vegetação ripícola e as vertentes escarpadas. Ao fazer esse percurso, os visitantes tomam consciência das transformações ambientais. Assim ficará mais evidente a riqueza patrimonial, não só cultural, mas também natural, num lugar que mostra muito mais do que 850 anos de história.



Segundo o arquiteto Tomás Reis, esta proposta será apresentada, não só à Templars Route European Federation, mas também aos municípios locais, designadamente Vila Nova da Barquinha e Chamusca, para desenvolver um eventual acesso da margem sul do Tejo.
Arquiteto numa multinacional portuguesa, Tomás Reis publica ensaios e ilustrações em vários media, de que é exemplo o jornal Público, e tem também vários trabalhos de arquitetura e design urbano.
Este projecto só pode ser uma piada de mau gosto…
Inacreditável. Não cometam esse crime patrimonial. Tá tudo maluco?????
Nunca ninguém ouviu falar deste arquitecto, e como devia estar farto de ser ignorado e desconhecido, resolveu fazer um disparate para se falar dele…
Não é o primeiro arquitecto chamado Tomás com ideias de esgoto que temos que aturar…
Eu proponho ao arquitecto que vá fazer círculos para outro lado. Que ideia mas idiota. Como é que alguém acha que isso fica bonito?
Espero que essa aberração não chegue nunca a ver a luz do dia. Que falta de respeito pela paisagem.
Essa ideia destrói toda a envolvente paisagista!
Altera completamente a imagem do castelo o que desvirtua a importância do mesmo!
Se querem caminhar por trilhos à volta, tudo bem, cria está circular só serve para turistas de excursão (sem sentido crítico nem enquadramento cultural) e até energeticamente destrói o local!
Não entendo como um individuo que terá, supostamente, estudado durante 5 anos numa faculdade, onde terá tido aulas de História de Arte consegue apresentar este projecto!
Um autêntico atentado à nossa história. A arena que o sr. arquitecto quer fazer é digna de um circo. Espero que toda a gente se indigne com esta barbaridade. Fazer da nossa história e da unicidade deste monumento uma rotunda como se fosse uma praça numa qualquer avenida é no mínimo aviltante, para não falar na destruição paisagística do local. Não acredito que a boa gente dessa zona e todos aqueles que defendem o Tejo, consintam em tamanha monstruosidade.
POR FAVOR, não estraguem!
Deixem estar o que está. Há tantas necessidades a outros níveis onde o arquitecto pode dar vazão à sua arte…ou à multinacional.
Eu que tive na minha infância o privilégio desta paisagem idílica: um castelo implantado numa ilha granítica, no meio do Tejo e a envolvente verdejante. recordo as noites de lua cheia e água estanhada em que podíamos das margens tremer com o prazer da pintura que todos os reflexos da luz imprimiam na água.
A única infraestrutura era mesmo o castelo e um ou outro comboio a passar camuflado na encosta.
Nos verões secos atravessava-se a vau e com o rio cheio a travessia fazia-se de barco. A visita valia mesmo a pena!
A paisagem do Castelo de Almourol é perfeita como está…nem posso acreditar em tal proposta!
[…] ano em que se comemoram 850 anos do Castelo do Almourol, o arquiteto Tomás Reis desenhou uma proposta de arquitetura que o Mais Ribatejo divulgou esta semana e que gerou milhares de comentário…e que já motivou também uma posição do presidente da Câmara da […]
Que pesadelo! Espero que este projecto não saia do papel!
Horrível e indigno. Estraga toda a envolvência.