Os serviços dos centros de saúde de Lisboa e Vale do Tejo que atendem pessoas com sintomas de COVID-19 – designados de Áreas Dedicadas a Doentes Respiratórios (ADR-C) – realizaram em janeiro de 2021 quase tantas consultas como em todo o último trimestre de 2020. O aumento vertiginoso do número de casos e o reforço destes ADR-C explicam essa realidade.
Em janeiro de 2021, aquando do pico da 3.ª vaga de COVID-19 em Portugal, os ADR-C disponibilizados pelos 15 Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) da Administração Regional de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) realizaram 61.289 consultas – “o que demonstra a relevância destes serviços em complemento à resposta dada pelos ADR hospitalares e à Linha SNS24”, salienta Luís Pisco, presidente da ARSLVT.
Em termos comparativos, o somatório de outubro, novembro e dezembro de 2020 resulta num total de 68.143 consultas, um valor “apenas” superior em 6.854 consultas ao verificado em janeiro deste ano.
Recorde-se que, face à evolução da pandemia, o número de ADR-C passou de 20 no final de 2020 para 34 no início de 2021. Também as equipas foram reforçadas e os horários de funcionamento foram alargados.
Os números apurados até ao momento relativos a fevereiro indiciam que a procura por ADR-C na Região acompanha a tendência de diminuição de novos casos.