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Empresário de Alpiarça nega qualquer relação com o jato onde foi encontrados 500 kg de cocaína

O empresário de Alpiarça Paulo Saturnino Cunha esteve inicialmente na lista de cinco passageiros do avião privado onde foi encontrada meia tonelada de cocaína, no Brasil. Uma embrulhada em que o empresário viu envolvido o seu nome, mas que garante ser completamente alheio.

Paulo Jorge Saturnino Cunha é um dos proprietários da empresa agrícola Pinhal da Torre, de Alpiarça.

O Mais Ribatejo contatou o empresário que ainda se encontra no Brasil, devendo regressar no voo da TAP esta sexta-feira, e que nos colocou em contacto com o seu representante em Portugal, para esclarecer o seu envolvimento nesta embrulhada.

Segundo o seu representante em Portugal, Paulo Cunha foi para o Brasil num voo da TAP para se juntar à mulher, que acompanhava a sogra que sofreu complicações de saúde. Com o agravamento da pandemia, o governo decidiu cancelar todas as ligações aéreas entre Portugal e o Brasil e Paulo Saturnino Cunha ficou retiro no Brasil.

Durante uma festa, Paulo Cunha recebeu a proposta do dono da empresa Omni que presta serviços de transporte aéreo, para vir no avião que iria trazer o futebolista Lucas Veríssimo para Portugal. “Nem sequer falaram no nome de Dias Loureiro, apenas o do futebolista do Benfica”, afirma Cunha Vaz. Inicialmente aceitou, mas passados dias, como o estado de saúde da sogra não melhorou e a mulher convenceu-o a ficar, o empresário desmarcou o lugar no avião.

Garante, pois que o seu nome foi retirado da lista de passageiros, em que era a única pessoa sem ligações ao mundo do futebol, e haverá uma segunda lista.

Daí que Paulo Saturnino Cunha nem sequer tenha sido contatado pela Polícia Federal brasileira, após a descoberta dos 500 quilos de cocaína escondidos na fuselagem do avião privado, no passado dia 9 de fevereiro.

A droga foi descoberta após o piloto acusar a ocorrência de alerta de anomalia no Falcon900, durante o voo para a capital baiana, tendo os mecânicos inspecionado a aeronave e acabaram por encontrar a droga, sendo alertada, imediatamente, a Polícia Federal.

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As investigações da polícia brasileira incidem sobre os elementos da tripulação, sobre João Loureiro, antigo presidente do Boavista e filho de Valentim Loureiro, e sobre o espanhol Mansur Heredia, que viajou com ele para o Brasil neste avião privado, e que eram os nomes da lista final de passageiros com mercadoria expedida neste voo privado que estava previsto viajar para Portugal.

Dias Loureiro e o espanhol tinham ambos viajado a 27 de janeiro para o Brasil, no mesmo avião, desde o aeródromo de Tires, em Cascais. O destino final, depois de escalas em Cabo Verde e em Salvador, foi o aeroporto de Jundiaí, nos arredores de São Paulo, de onde ambos terão partido para a viagem de volta, no dia 7 de fevereiro, primeiro rumo a Salvador. Só que o voo não recebeu luz verde das autoridades portuguesas devido à pandemia.

Aí deveriam juntar-se para fazerem a viagem para Portugal, os outros três passageiros, dois empresários de jogadores de futebol, Bruno Carvalho e Hugo Cajuda, que acabariam por viajar para a Europa no dia 6, num voo comercial da Air France, via Paris, e o empresário de Alpiarça que entretanto já estava inscrito na lista de passageiros do voo da TAP autorizado pelo Governo português para fazer a viagem na próxima sexta-feira.

Paulo Cunha afirma que só soube do caso quando os amigos e familiares lhe ligaram, após a notícia ter sido amplamente noticiada primeiro pela SIC Notícias e depois por toda a comunicação social portuguesa. Notícias em que o seu nome era referido como um dos cinco nomes da lista de passageiros.

Segundo a SIC Notícias, a Polícia Federal do Brasil ouviu na passada sexta-feira João Loureiro. Quanto ao espanhol, o seu paradeiro assim como não se sabe se prestou depoimento, mas já terá regressado a Madrid.

Em comunicado, a Polícia Federal refere que “as investigações continuarão para identificar os responsáveis pela carga ilícita, que poderão responder pelas acusações de tráfico internacional de drogas e associação com o narcotráfico, cujas penas combinadas podem chegar a 25 anos de prisão” .

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