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Crescimento do E-Commerce faz aumentar procura de espaços Self Storage e Armazéns

A pandemia da Covid-19 mudou completamente as nossas vidas, sociedade e economia. Uma das áreas que cresceu neste período foi o setor das vendas online – o e-commerce. Devido à impossibilidade de compras físicas, ao distanciamento social e às restrições nas deslocações, o negócio das vendas online cresceu de vento em popa ao longo deste último ano.

Mercado Self Storage ganha força com a pandemia

Esse crescimento, por sua vez, fomentou outros negócios. O caso da procura de espaços Self Storage nos grandes centros urbanos é paradigmático.

Isto porque, para operacionalizar o crescimento das vendas online, a operação logística das empresas e dos pequenos negócios teve que se tornar mais robusta, o que fez com que vários espaços para armazenamento e mini-armazéns tivessem de ser considerados.

Com a adaptação de novos modelos de negócio, pequenos lojistas e distribuidores beneficiam de uma economia financeira, ao optarem por espaços Self Storage, para guardar os mais diversos volumes, com segurança e proteção, além de uma melhor localização estratégica, estando presente no centro das grandes cidades mais próximo dos clientes.

Além dos negócios, e com a mudança das empresas para o modelo de home office, a procura por espaços onde possam guardar, equipamentos, documentos, stock de produtos, entre outros, sem necessidade de fidelização a um contrato, aumentou bem como a uma maior e diversificada oferta de empresas de aluguer temporário de pequenos espaços de armazenamento.

Procura de grandes armazéns também aumentou

Outros estudos de mercado – como o dos especialistas em imobiliário Cushman & Wakefield – indicam que a procura por espaços logísticos aumentou 33% face a 2019.

O estudo indica que os agentes desse setor procuram capacidade de armazenamento localizada cada vez mais, na periferia das cidades. Isto porque para a entrega rápida de encomendas online é importante estar perto dos clientes e a “última milha” é vital neste negócio, pois representa um custo significativo.

E o que é que as empresas têm procurado ao certo? Sobretudo armazéns com pé direitos alto, com mais de 9 metros de altura e capacidade de automação, áreas entre os 10 mil e os 20 mil metros quadrados, localizados junto de bons acessos rodoviários – como autoestradas – ou na periferia das cidades. Espaços prontos para responder ao crescimento do comércio eletrónico.

O estudo da empresa foi feito após o primeiro confinamento em Portugal. E concluiu que a pandemia acentuou “um forte mercado de locação, com a procura em alta, impulsionada pelo crescimento do comércio eletrónico”. Segundo notícia o Expresso, 87% dos inquiridos já tem ou espera vir a ter operações com comércio online no futuro. Destes, 52% ocupa “unidades com mais de 10.000 m2” e 23% já assumiu planos para “expandir a ocupação entre 10.000 m2 e 20.000 m2 nos próximos dois anos”.

No estudo são auscultadas quer transportadoras quer distribuidoras. As primeiras dedicam-se ao transporte de longo curso, enquanto que as últimas dedicam-se à “última milha”, tendo as suas estruturas de armazenamento fixadas perto dos centros urbanos. Metade dos inquiridos no estudo citado pela publicação indica que “lida diariamente com e-commerce, que para a maioria representa até 9% da sua faturação anual”.

Imobiliário corporativo a crescer nos próximos anos

A proximidade dos clientes – e não tanto dos fornecedores – apresenta-se como um fator importante. Razão pela qual ter um espaço Self Storage ou um armazém de maiores dimensões é cada vez mais importante, para empresas e clientes – o que, consequentemente, tem impacto na valorização destes espaços no mercado.

Isso representa “uma vantagem para o crescimento do imobiliário corporativo nos próximos anos”, refere ao Expresso Francisco Horta e Costa, administrador em Portugal da consultora CBRE.

“Devido ao contexto de taxas de juro reduzidas e de falta de alternativas de investimento noutras classes de ativos tem, e vai continuar a ter em 2021, muita liquidez para investir desde que tenham qualidade e sejam arrendados a inquilinos em sectores resilientes como a logística”, acrescenta o gestor sobre a atratividade deste tipo de investimentos no contexto atual. 

Muito interessante é também verificar como a escala do armazenamento – de um Self Storage a um porto seco – pode variar em tamanho, o que significa satisfazer as necessidades de várias tipologias de empresas. A mesma notícia refere o anúncio do primeiro porto seco do país – na Guarda – comunicado recentemente pelo Administração Portuária de Leixões.

Em suma, o crescimento deste setor veio para ficar. O e-commerce vai continuar a ser preferido para as compras dos portugueses no “novo normal”. Desde bens essenciais até roupa e tecnologia, as vendas à distância já fazem parte do nosso dia a dia.

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