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CDS quer que Governo tome medidas urgentes com vista à resolução da poluição no rio Nabão

Os deputados do CDS deram entrada na Assembleia da República de um projeto de resolução no qual “recomendam ao Governo que, tendo em conta a escalada de episódios no rio Nabão, cada vez mais graves e recorrentes, tome as medidas urgentes e necessárias que permitam identificar os focos de poluição e garantir que os mesmos não voltam a colocar em causa os recursos hídricos da região”.

O Nabão é um rio português, afluente do rio Zêzere, que nasce em Ansião, no Maciço de Sicó, da união de várias ribeiras, e desagua na margem direita do Zêzere, depois de um percurso de 66 quilómetros, atravessando a cidade de Tomar. Ao longo do seu curso tem como afluentes as ribeiras da Quebrada, de Caxarias e de Seiça.

Nos últimos anos têm-se verificado um conjunto de episódios de poluição das águas do rio Nabão, sendo que recentemente tem havido um agravamento na sua recorrência. Estes episódios podem ser observados a olho nu, tratando-se normalmente de uma espessa camada de espuma, ou mesmo sentidos pela população, dado os odores nauseabundos que as águas poluídas do rio emanam.

Esta situação tem sido ano após ano relatada e denunciada, inclusivamente pelo Grupo Parlamentar do CDS-PP (GP CDS). No entanto, continua sem resolução e sem que as autoridades e entidades competentes identifiquem a origem dos focos de poluição.

As Estações de Tratamento de Águas Residuais do Alto Nabão, em Palmaria e Seiça, em Cacinheira, são recorrentemente identificadas como possíveis focos de poluição em situações de grande pluviosidade, sendo que apenas em função dos investimentos efetuados nos sistemas municipais se pode diminuir a frequência destes episódios.

No entanto, em resposta a uma pergunta do GP CDS, a Câmara Municipal de Tomar (CMT) faz referência a outros eventuais focos de poluição do Nabão, com origem em indústrias locais.

Desde 1 de janeiro de 2020 que a responsabilidade pela exploração e gestão dos sistemas de saneamento de águas residuais dos municípios de Ourém e Tomar ficou a cargo da recém-criada Tejo Ambiente, E.I.M., S.A., que, entre outras atribuições, ficou responsável pela melhoria do nível de atendimento e do funcionamento das redes de drenagem.

Também em resposta ao GP CDS, a Câmara Municipal de Tomar dá conta de que, quando a ETAR passou para gestão da Tejo Ambiente, das primeiras iniciativas tomadas foi «elaborar um estudo não só à ETAR mas a todo o sistema de saneamento a montante da mesma para propor uma solução técnica, estudo esse elaborado pela empresa Luságua – Serviços Ambientais, SA. Este estudo prevê não só a requalificação da ETAR de Seiça, mas também a construção de todo um sistema de separativos a montante bem como a construção de vários emissários e envolve duas entidades: a Tejo Ambiente e as Águas Vale do Tejo e importa um investimento de 22 milhões de euros.»

Refere-se ainda que «o estudo foi apresentado ao Ministério do Ambiente e Ação Climática, solicitando a abertura de um aviso de candidatura no âmbito do POSEUR.»

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