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Deputado do PSD mostra vídeo com trânsito na Ponte da Chamusca ao Ministro do Ambiente

Inconformado com a resposta que o Ministro do Ambiente lhe deu na última audição no Parlamento, quando Matos Fernandes disse desconhecer qualquer problema de tráfego causado pelo acesso ao Eco Parque do Relvão, o deputado do PSD, Duarte Marques, descocou-se ao local para recolher imagens que mostrou agora ao Ministro do Ambiente em plena Comissão Parlamentar “assim o Ministro deixa de alegar desconhecimento do assunto para não ajudar a resolver o problema”.

Na audição Parlamentar, Duarte Marques voltou a lembrar que “o Ministro tem a possibilidade de utilizar o Fundo Ambiental para financiar a obra que deverá estar a cargo do Ministério das Infraestruturas” e que, apesar de toda a propaganda, ficou de fora do proposta portuguesa para utilização Plano de Recuperação e Resiliência. Para o Deputado do PSD esta é provavelmente a obra mais justa que o país e o Estado têm de fazer já que a Chamusca acolhe todos os resíduos perigosos do país.

Na sua apresentação, o deputado do PSD voltou a corrigir o Ministro que insiste em dizer que os resíduo chegam ao Eco Parque de comboio quando “na Chamusca, infelizmente, não há comboio, vem tudo de camião como se pode ver pelas imagens”.

Na resposta, Matos Fernandes disse que compreendia a situação mas que o Fundo Ambiental não tem essa função, o que, na opinião do deputado não é verdade já que uma das áreas a que se destina é precisamente a “Prevenção e reparação de danos ambientais” provocados por outro objetivo do Fundo que é o “Cumprimento dos objetivos e metas nacionais e comunitárias de gestão de resíduos”.

Deputado do PSD insta população da Chamusca a agir para que governantes “abram os olhos”

O deputado social-democrata Duarte Marques defendeu hoje uma ação da população da Chamusca para que os governantes “abram os olhos e resolvam de vez” o problema das acessibilidades ao Ecoparque do Relvão.

O deputado eleito pelo distrito de Santarém disse à Lusa que “o desespero grassa há muitos anos” em torno daquela que “é talvez a obra mais justa da região”, a ponto de gerar o consenso de todos os partidos com assento parlamentar, considerando “incompreensível” que os governos não tenham aproveitado oportunidades como a criada agora com o Programa de Recuperação e Resiliência (PRR) e que o Ministério do Ambiente recuse recorrer ao Fundo Ambiental.

“Não sei como é que aquela população nunca fechou aquela estrada ou como o próprio autarca nunca se chegou à frente e simbolicamente encerrou aquela estrada, nem que fosse durante uma hora. Acho que é isso que está a fazer falta para que as pessoas abram os olhos e resolvam o problema de vez àquelas pessoas”, declarou.

Para o deputado, não sendo a obra de maior monta, nem a que beneficia mais gente no distrito de Santarém, a questão da conclusão do IC3, entre Almeirim e Vila Nova da Barquinha, com uma nova ponte sobre o Tejo na Chamusca, “é talvez a obra mais justa da região”.

Duarte Marques lembrou que quando foi negociada a instalação no Ecoparque do Relvão, na freguesia da Carregueira, na Chamusca, dos dois únicos Centros Integrados de Recuperação, Valorização e Eliminação de Resíduos Perigosos (CIRVER) existentes no país, “uma das contrapartidas” por as populações deste concelho “levarem com o lixo mais perigoso de todo o país, era pelo menos terem uma melhoria dos acessos”.

Os dois CIRVER foram instalados em 2008 no Ecoparque do Relvão, numa zona que tem vindo a acolher várias empresas que se dedicam a receber e tratar todo o tipo de resíduos.

“Ora, não só não tiveram uma melhoria, mas tiveram uma regressão total, porque aquelas pessoas têm a vida feita num inferno e, de facto, espanta-me como é que isto ainda não se resolveu”, declarou.

O deputado lamentou a resposta do ministro do Ambiente à proposta feita pelo PSD, de recurso ao Fundo Ambiental para financiar parte de uma obra que é da responsabilidade do Ministério das Infraestruturas, e manifestou a sua perplexidade pelo desconhecimento do problema revelado por João Pedro Matos Fernandes.

“É ridículo quando ouço responsáveis governamentais da área ambiental ou até autarcas que se referem à Chamusca e à deposição dos detritos ali como se chegassem de comboio. As pessoas não sabem que não há comboio na Chamusca? É de uma falta de conhecimento da realidade atroz quando o próprio ministro do Ambiente diz que os resíduos vêm de lá de cima do Norte para a Chamusca de comboio. Só se há algum comboio subterrâneo que nós não conhecemos”, afirmou.

Para Duarte Marques, a obra, ao contrário do afirmado pelo ministro João Pedro Matos Fernandes, enquadra-se nos objetivos do Fundo Ambiental, de “reparar danos de cumprimento de objetivos ambientais”, já que se trata de “uma externalidade negativa do Ecoparque do Relvão”, além de que muitas das empresas ali instaladas financiam o fundo.

“O Fundo Ambiental tem milhões de euros por ano, que o ministro do Ambiente usa, até de forma pouco transparente, para tudo e mais alguma coisa. Tem sido uma espécie de orçamento privado, não escrutinado, que o ministro do Ambiente tem para fazer as suas flores por esse país fora”, afirmou.

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