As eleições autárquicas prestam-se a toda a sorte de situações desde as ridículas, estúpidas e tristes, até às berrantes, brutas e bacocas, sem esquecer todas as outras de cunho hilariante em virtude dos autores serem cómicos nos dislates repetidos a torto e a direito.
Se tivermos o cuidado de ler, ouvir e ver os candidatos verificamos o descoco de falatório ao modo dos vendedores de banha da cobra a enaltecerem qualidades (supostas) dos candidatos, além de sem vergonha de nenhuma espécie concederem total acuidade ao dito por António Aleixo diz o roto ao nu, de que ris tu na justa medida de proliferarem os telhados de vidro daqueles interessados em gerirem a governação das autarquias.
Há dias a socialista Ana Catarina Mendes malhava (no registo de Augusto Santos Silva) em Rui Rio e Carlos Moedas por terem atacado Fernando Medina a propósito da oferta de dados de activistas políticos a governos autoritários, protofascistas e mesmo fascistas e comunistas.
Ora, Ana Catarina Mendes finge paz, pão, hossanas e louvores no cortiço socialista, pois o processo autárquico no Porto, só por si recomenda prudência e contenção no arremesso das referidas pedras aos adversários.
Os homens e as mulheres «perdem» a cabeça ao vislumbrarem a hipótese de ascenderem ao cadeirão do poder, ensandecem porque como dizia o tristemente famoso camarada Nikita os Homens podem cansar-se de tudo, menos do exercício do poder.
Até ao fim da campanha iremos receber mais e bizarras evidências da prosaica frase de que ris tu?
Armando Fernandes