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(Des)nascer (vídeo)

Em junho é comemorado, mundialmente, o mês do orgulho LGBTI+ (lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, queers e o símbolo de “+” que representa toda e qualquer outra manifestação de género que não está determinada).

Este mês foi escolhido para assinalar o orgulho LGBTI+ devido às manifestações que ocorreram a 8 de junho de 1969, nos Estados Unidos. A Revolta de Stonewall foi uma série de manifestações violentas e espontâneas de membros da comunidade LGBTI+ contra uma invasão da polícia de Nova Iorque, que aconteceu nas primeiras horas da manhã de 28 de junho de 1969, no bar Stonewall Inn, localizado no bairro de Greenwich Village, em Manhattan, Nova Iorque, nos Estados Unidos.[1]

Na sexta-feira, dia 18 de junho, o Teatro Virgínia, em Torres Novas, recebeu a companhia de teatro de João Garcia Miguel, com a peça “A Gaivota”, a história de uma mulher que (re)nasce.

O encenador João Garcia Miguel contou ao Mais Ribatejo que esta peça aborda a história de um homem que quer mudar a sua vida e o seu corpo num extremo. Um homem que se sente fora da sua casa, que é o seu corpo e que, provavelmente, quer ser familiar consigo próprio, de corpo inteiro e que inicia uma aventura equiparada a qualquer outra vida, mas neste caso leva-o a perceber os limites entre a vida e a morte, entre o ser criativo e o ser passivo, entre o querer viver e o querer morrer. Aprende a morrer e a viver duas vezes na mesma vida e no mesmo corpo.”

O palco, na nossa sociedade é, ainda o lugar onde se pode falar para um conjunto mais alargado de pessoas e de uma forma onde as pessoas podem apreciar por si próprias aquilo que se passa em palco “sem a mediação da televisão ou de uma câmara de vídeo”, defende o encenador. “No teatro olhamo-nos olhos nos olhos, corpo a corpo.”

A cultura promove mais do que nunca a possibilidade de se fortalecer a nossa democracia, “de alguma forma permite-nos conhecer aos outros, a nós próprios e a saber o que cada um de nós pode e deve fazer em situações mais extremas, apaixonar-se por alguém ou odiarmos alguém”, diz João Garcia Miguel.

Apesar de ainda só terem apresentado a peça 3 vezes, a receção da peça tem sido muito emotiva, segundo o encenador.

O elenco desta peça conta com Águeda Plácido, Sofia Brito, Beatriz Gonçalves e Adriana Xavier.

“As questões transgénero não são uma coisa extraterrestre e eu sou uma pessoa igual às outras todas, sou filha de alguém, neta de alguém, irmã de alguém e tenho uma vida como todas as outras pessoas têm”, partilha Águeda Plácido, mulher trans.

“A questão principal desta peça é que se trata de uma pessoa que quer ser feliz, num mundo exigente e é um processo que pode ser, muitas vezes, solitário.” diz Sofia Brito.

“A Águeda é mulher como eu, como todas nós”, conta Beatriz Gonçalves.

Para Adriana Xavier, este tipo de questões trans, felizmente, estão a ser cada vez mais expostas aos olhos de toda a gente, para a sociedade.


[1] Consultado em https://lisboasecreta.co/junho-mes-orgulho-lgbt/

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