Nos dias de hoje este restaurante é um ex-libris da cidade de Peniche porque encerra em si mesmo um conjunto de virtudes culinárias que a alcandoraram e esse patamar.
Este ano tal como no antecedente leva-se à prática o rigoroso cumprimento das normas sanitárias, o que apraz registar, não dei grande importância à lista, dei prioridade à observação dos peixes no expositor e, nas três visitas efectuadas escolhi robalo, sargo e douradas cozinhados e cozinhadas na cozedura da grelha, as três referências acompanhadas por batatas (boas) cozidas e salada.
Plena satisfação por a excelente frescura dos peixes não ter sofrido imperfeições devido ao fogo. Esteve no ponto, sendo de assinalar a boa qualidade do azeite.
No tocante às entradas apaziguadoras do clamor estomacal faço pregões a elogiar a boa carnação das enguias e consequente fritura, as amêijoas saborosas ao modo do célebre Bulhão Paro, já as ovas de peixe mostraram-se sensaboronas e por isso mesmo demasiado secas.
O «patrão» estômago mandou suster a consumição, daí café a finalizar as auspiciosas refeições. Bebi tintos da Cartuxa de Borba, que acompanharam a preceito. Serviço acolhedor de quem conhece os clientes antigos da época balnear.
Resumindo e concluindo: a Casa Popular continua a ser porto seguro para todos quantos gostam de peixe fresco e marisco preparados de modo canónico a satisfazerem paladares amantes da boa cozinha portuguesa.
Armando Fernandes
Encerra às segundas-feiras. Aceita cartões de crédito. Estacionamento nas imediações.
