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Censos 2021: Distrito de Santarém perde 26 851 habitantes – Só Benavente aumenta população

O INE divulgou esta quarta-feira, 28 de julho, os Resultados Preliminares do XVI Recenseamento Geral da População e
VI Recenseamento Geral da Habitação – Censos 2021, menos de 4 meses após o momento censitário, dando cumprimento à estratégia de difusão prevista no Programa de Ação para os Censos 2021.

No distrito de Santarém, (municípios das NUTIII Médio Tejo e Lezíria do Tejo), regista-se uma perda de 26 851 habitantes nesta última década.

Só o concelho de Benavente aumentou a população nesta última década, registando um aumento de 2,5% da população, com mais 728 habitantes.

Todos os outros concelhos tiveram reduções populacionais. Chamusca é o concelho com maior quebra populacional, perdeu 15,7% da população, seguindo-se Coruche com menos 12,9%, Abrantes e Mação, ambos com menos 12,6%, Sardoal com menos 10,5%, Tomar com menos 10,4% e Alcanena com menos 10%.

Os concelhos com menores perdas de população são o Entroncamento com menos 0,3% e Rio Maior com menos 0,8%, Salvaterra de Magos com menos 2,4%, Ourém com menos 3%, VN Barquinha com menos 3,9%, Santarém 4,8%, e Cartaxo menos 5,1%.

Traduzido em números, Abrantes é o concelho que mais habitantes perde – são menos 4 974 habitantes no concelho. Tomar perdeu 4 233 habitantes; Santarém perdeu 2 982, Coruche tem menos 2 569 habitantes; Torres Novas tem menos 2 568.

Evolução da população residente nos Concelhos do distrito de Santarém. Fonte INE


Os Resultados Preliminares dos Censos 2021 revelam que a população residente em Portugal é 10 347 892.
Na última década, Portugal regista um decréscimo populacional de 2,0% e acentua o padrão de litoralização
e concentração da população junto da capital
. O Algarve e a Área Metropolitana de Lisboa são as únicas
regiões que registam um crescimento da população,
sendo o Alentejo aquela que regista o decréscimo
mais expressivo.
Portugal registou um ligeiro crescimento do número de edifícios e de alojamentos destinados à habitação,
embora num ritmo bastante inferior ao verificado em décadas anteriores.
Os primeiros resultados dos Censos 2021 têm um carácter preliminar, na medida em que são baseados em
contagens resultantes do processo de recolha (edifícios, alojamentos, agregados e indivíduos) e divulgados
antes do processo final de tratamento e validação da informação recolhida, os quais fornecendo facilidade
e rapidez no acesso destinam-se essencialmente a antecipar as necessidades dos utilizadores.
Os Resultados Preliminares estão disponíveis até ao nível geográfico de freguesia e acessíveis na
Plataforma de Divulgação dos Censos 2021 – Resultados Preliminares, disponível em censos.ine.pt.

Residem em Portugal 10 347 892 pessoas, a maioria do sexo feminino
Segundo os Resultados Preliminares dos Censos 2021 residiam em Portugal à data do momento censitário,
dia 19 de abril de 2021, 10 347 892 pessoas, das quais 4 917 794 homens (48%) e 5 430 098 mulheres (52%).


Portugal regista na última década um decréscimo populacional de 2%
Nos últimos 10 anos a população residente em Portugal reduziu-se em 214 286 pessoas, representando um
decréscimo populacional de 2,0%. Em termos censitários, a única década em que se verificou um decréscimo
populacional foi entre 1960 e 1970.
O decréscimo populacional registado na última década resultou do saldo natural negativo (-250 066 pessoas,
dados provisórios), sendo que o saldo migratório ocorrido, apesar de positivo, não foi suficiente para
inverter a quebra populacional.
A população residente em 2021 tem um valor próximo do registado em 2001 quando residiam em Portugal
10 356 117 pessoas.

Figura 1. População Residente em Portugal, 1864 -2021

As únicas regiões NUTSII que registaram um crescimento da população entre 2011 e 2021 foram o Algarve
(3,7%) e a Área Metropolitana de Lisboa (1,7%). As restantes regiões viram decrescer o seu efetivo
populacional, com o Alentejo a observar a quebra mais expressiva com -6,9%, seguindo-se a Região
Autónoma da Madeira com -6,2%.

Figura 2. Variação da população residente, 2011 -2021, NUTS II (%)


Na última década o país acentuou o padrão de litoralização e reforçou o movimento de concentração
da população junto da capital
A análise por município permite verificar que os territórios localizados no interior do país perdem população,
sendo que os municípios que assistiram a um crescimento populacional situam-se predominantemente no
litoral, com uma clara concentração em torno da capital do país e na região do Algarve.
Nos últimos 10 anos, dos 308 municípios portugueses, 257 registaram decréscimos populacionais e apenas
51 registaram um aumento. Na década anterior tinham assistido a quebras populacionais 198 municípios.


Figura 3. Variação da população residente, 2011 – 2021, Município (%)

Segundo os Resultados Preliminares dos Censos 2021, cerca de 50% da população residente em Portugal
concentrava-se em apenas 31 municípios, localizados maioritariamente nas Áreas Metropolitanas de Lisboa
e Porto.


Os 5 municípios que registaram as variações populacionais mais significativas
Em termos relativos, Odemira com 13,3% (mais 3 457 residentes) e Mafra com 12,8% (mais 9 838
residentes) foram os municípios que registaram os maiores acréscimos populacionais na última década,
seguindo-se Palmela, Alcochete e Vila do Bispo com valores entre os 9,6% e os 8,8%.

Figura 4. Os 5 Municípios com maiores crescimentos e decréscimos populacionais, 2011 -2021 (%)


No extremo oposto, Barrancos (-21,8%), Tabuaço (-20,6%), Torre do Moncorvo (-20,4%), Nisa (-20,1%), e
Mesão Frio (-19,8%) foram os municípios que registaram os decréscimos populacionais mais significativos.


A variação da população residente nos 10 municípios mais populosos do país, mostra que Lisboa, Porto,
Matosinhos e Oeiras perdem população, enquanto os restantes registam crescimentos populacionais, com o
município de Braga a registar o valor mais elevado (6,5%; +11 839 residentes).

Figura 5. Os 10 Municípios mais populosos, 2011 -2021

Na última década o total de agregados cresce ligeiramente, apesar do decréscimo populacional
Segundo os resultados preliminares dos Censos 2021, existem em Portugal 4 156 017 agregados domésticos
privados e agregados institucionais, um crescimento de 2,7% face a 2011.1 O número de agregados
aumentou em todas as Regiões NUTS II, com exceção da região do Alentejo onde o valor decresceu 3,6%.


Nos Censos 2011 era utilizado o conceito de família clássica e não o conceito de agregado doméstico privado. Em 2011, um alojamento podia albergar mais do que uma família, embora essas situações fossem em número reduzido.

Figura 6. Variação do número de agregados, 2011 -2021, NUTS II (%)



Como resultado do crescimento no número de agregados, a par do decréscimo populacional registado, há
uma redução da dimensão média dos agregados. Em 2021 a dimensão média dos agregados é de 2,5
pessoas, valor que se reduziu em 0,1 face ao valor de 2011, o qual se situava em 2,6 pessoas por agregado.
A redução média do número de pessoas por agregado foi comum a todas as regiões, mantendo-se a Região
Autónoma dos Açores e a Região Autónoma da Madeira como as regiões onde a dimensão média dos
agregados é mais elevada (2,8 e 2,6 pessoas, respetivamente).

Figura 7. Dimensão média dos agregados, 2011 -2021, NUTS II

Portugal registou um ligeiro crescimento do número de edifícios e de alojamentos destinados à
habitação, embora num ritmo bastante inferior ao verificado em décadas anteriores
De acordo com os Resultados Preliminares dos Censos 2021, o número de edifícios destinados à habitação
era de 3 587 669 e o de alojamentos de 5 961 262, valores que face a 2011 representam um aumento de
1,2% e 1,4%, respetivamente.
O crescimento do parque habitacional entre 2011 e 2021 é bastante inferior ao verificado na década
anterior, quando os valores se situavam na ordem dos 12% para edifícios e os 16% para alojamentos.

Figura 8. Variação do número de edifícios e alojamentos, 2011 -2021, NUTS II (%)


Em termos regionais, a Região Autónoma dos Açores e o Algarve são as regiões que registam os maiores
acréscimos no número de edifícios e de alojamentos destinados à habitação: 2,8% e 2,5% ao nível dos
edifícios, respetivamente, e 2,8% nos alojamentos, em ambas as regiões.
O número de alojamentos destinados à habitação aumenta na maioria dos municípios
O número de alojamentos destinados à habitação aumentou em 72% dos municípios portugueses (221
municípios).
Os municípios de Madalena (R.A. Açores), Vizela, Lousada, Campo Maior e Odemira foram os que registaram
maior crescimento no número de alojamentos, com valores situados entre os 13,5% e os 6,3%. Em
contrapartida, Tarouca, Penela, Coruche, Mação e São Vicente foram os municípios onde se registaram os
decréscimos mais significativos, com o número de alojamentos a variar entre os -10,5% e -4,6%.

Figura 9. Os 5 municípios com maiores crescimentos e decréscimos no número de alojamentos, 2011 -2021 (%)



Fonte: INE, Recenseamentos da População e da Habitação
Em 2021, o número médio de alojamentos por edifício em Portugal é de 1,7, valor que se mantém desde 2011. A Área Metropolitana de Lisboa é a região que regista o valor mais elevado, 3,3 alojamentos por edifício, sendo na Região Autónoma dos Açores e no Alentejo que se registam os valores mais baixos, 1,1 e 1,2, respetivamente.

Figura 10. Número médio de alojamentos por edifício, 2021 – NUTSII


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