O candidato do Chega à Câmara de Torres Novas nas eleições de 26 de setembro, o gestor José Correia, afirma que quer protagonizar a mudança num concelho que considera “estagnado”.
Natural de Timor-Leste, José Correia, 52 anos, cresceu em Lisboa, onde se licenciou em Gestão e Administração Pública, trabalhou em Madrid e fixou-se em Torres Novas após o casamento, confessando não ter “experiência política direta prévia”.
“Candidato-me por um dever de consciência e sentido de missão. O sentimento geral é de que a câmara está estagnada e amorfa. Não desenvolve absolutamente nada. As taxas camarárias são caríssimas e a burocracia asfixia tudo”, afirma numa nota sobre a sua candidatura enviada à Lusa.
O candidato diz querer criar um gabinete que “vá ativamente atrás de investidores explicando a atratividade de Torres Novas, nomeadamente o facto de ser o centro logístico de Portugal”, forma de contrariar a perda de população, o que atribui à “falta de emprego qualificado”.
Entre as suas bandeiras incluem-se, ainda, a defesa da família, propondo-se, nomeadamente, “garantir que as crianças que precisem tenham lugar nas creches, a preços comportáveis para as famílias”.
José Correia afirma que o partido apenas concorre à Câmara e à Assembleia Municipal, aqui com uma lista liderada por Margarida Valente, porque os “muitos apoiantes que se identificam” com o partido “não querem ‘dar a cara’ por medo de represálias, pessoais e profissionais”.
Os 30.745 eleitores do concelho de Torres Novas serão chamados, no próximo dia 26, a escolher entre sete candidaturas.
Além do atual presidente do município, o socialista Pedro Ferreira, que se candidata a um terceiro mandato, concorrem o seu antecessor, o também socialista António Rodrigues, que avança com o movimento P’la Nossa Terra, a atual vereadora do Bloco de Esquerda, Helena Pinto, Tiago Ferreira, candidato pela coligação PSD/CDS-PP, Nuno Guedelha, pela CDU, Cristina Rodrigues, pela IL, e José João Correia, pelo Chega.
Nas eleições autárquicas de 2017 o PS conquistou 51,3% dos votos, elegendo cinco dos sete elementos do executivo municipal, pertencendo os restantes um ao PSD (14,9%) e outro ao BE (14,5%), num concelho que tinha então 31.579 eleitores inscritos.