O eurodeputado declarou alto e bom som, estridentemente, aquilo que todos os militantes do PSD e interessados na cousa pública sabiam desde há muito: Paulo Rangel despiu a fatiota de pessoa capaz de respeitar o decorrer de uma forma de actuar no campo político capaz de a seu tempo, o tempo de consolidar uma doutrina assente numa real/realidade da corrosão do partido Socialista de forma a o PSD triunfar de modo concludente nas próximas eleições legislativas.
O deputado europeu esqueceu ou fingiu esquecer o provérbio – às cadelas apressadas os filhos nascem-lhe cegos –, preferiu dar vazão ao seu sentimento de «está na hora» sem curar de saber se o relógio assegura que a dita hora é rigorosa, sem atrasos. O deputado Rangel procura impulsionar os ponteiros desse tal relógio à mata-cavalo, de correrias sem freio, como se as próximas eleições estivessem maduras à espera de mero e singelo qual nespereira carregada de frutos mais que maduros.
Os últimos resultados eleitorais, o circuito/circular do sustentáculo poder além de ser dono de inúmeras ramificações é expedito no manejo dos cordelinhos tendentes a olear os mecanismos do dito poder para lá da vocação situacionista de Marcelo.
Vamos deixar correr o marfim dos dias e meses, vamos ver, ouvir e ler a reacção de Rui Rio, os dados do confronto estão lançados, aguardemos tranquilamente o resultado do lançamento de Rangel, o pano verde prega partidas ao mais pintado. Até ver!
Armando Fernandes