Certamente, alguns leitores recordam-se do filme de cowboys Duelo de Fogo, uma fita de alto nível porque Burt Lancaster e Kirk Douglas foram excepcionais e polivalentes actores.
Pois bem, as televisões enrouquecidas de tanto grilar (concerto de grilos em noite de verão) anunciaram o debate entre António Costa e Rui Rio ao estilo de ribombante duelo de fogo, não durante uma hora, sim no decurso de um dia. O excesso é moléstia, no caso em apreço a moléstia transformou-se em intensa pandemia cacofónica a cobrir de ridículo os autores cacófatos.
E, o que aconteceu? Aconteceram fogachos ardentes do economista Rio, respondendo Costa com tiros de pólvora seca a provocar espanto na maioria dos comentadores e azia nos apaniguados, entenda-se Fernando Medina, Porfírio Delgado Alves, a falsa sonsa Anabela Neves e no enfatuado Miguel Júdice.
O duelo vai originar ressonâncias nos corporativistas das magistraturas, nos promotores da normalização por baixo, sem esquecer os sempre em pé desprovidos de ossos, clarifico: sem coluna vertebral.
A campanha ganhou acuidade, piripiri e interesse. É bom para a democracia, é bom para todos quantos dedicam tempo e atenção à cousa pública. Prognósticos só na noite do dia 30 de janeiro.
Armando Fernandes
Duelo de fogo
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