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Legislativas: PAN quer fim das touradas mas recusa ‘rótulo’ de partido fundamentalista

A líder do PAN, Inês Sousa Real, recusou hoje associar o partido a ideias fundamentalistas, por defender a abolição das touradas, e propôs a atribuição de apoios para a reconversão das atividades ligadas ao setor.

“O PAN é um partido que defende a empatia e o respeito pelo próximo e pelos outros seres, não apenas o humano, mas também o animal, e isto não tem nada de fundamentalismo”, afirmou Inês Sousa Real, durante uma ação de rua no centro de Leiria.

A porta-voz do Pessoas-Animais-Natureza (PAN) foi questionada pelos jornalistas sobre a posição do partido em relação à tourada, depois de ter falado com um cidadão preocupado com a preservação das tradições.

Considerando que “ainda existe uma ideia errada” sobre o que o PAN defende, Inês Sousa Real notou que, no final da conversa, os dois concluíram que “o animal não deve sofrer na arena, nomeadamente nas touradas”.

As pessoas “defendem a preservação de algumas tradição, mas compreendem que deve deixar de existir este sofrimento dos animais”, sublinhou, observando que o tema “mexe com muitas paixões” e que, “por vezes, perde-se a noção do que realmente está a ser debatido”.

A também deputada do PAN defendeu que devem existir “apoios para a reconversão das atividades” ligadas ao setor da tauromaquia, dando como exemplo o que “foi criado aquando do fim dos animais selvagens nos circos”.

Para Sousa Real, o Estado deve criar “mecanismos para que as pessoas possam promover o turismo rural e de natureza” e se possa “preservar a raça do touro de lide” para que os animais sejam vistos “na lezíria, no campo, em liberdade e sem sofrimento”.

“O touro é um animal lindíssimo e acho que todos gostaríamos de ir ao campo e ao interior do país para vermos os animais sem qualquer tipo de sofrimento”, assinalou, defendendo que esta solução promoveria “a coesão territorial”.

A líder do PAN considerou que o país não deve “canalizar os meios” financeiros que dispõe, que “são muito escassos para a própria cultura”, para “tentar elevar a tourada a atividade cultural”.

“Reduzir o mundo rural à tauromaquia ou à caça é insuficiente e uma visão muito redutora da sociedade, seja da cultura, seja do mundo rural”, acrescentou.

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