Em entrevista ao Mais Ribatejo, João Moura, presidente da Distrital de Santarém do Partido Social Democrata, comenta os resultados das eleições legislativas.
No distrito de Santarém, o PSD obteve mais 6000 votos do que nas legislativas de 2019 e conseguiu manter os 3 deputados eleitos. No entanto, considera que o PSD ficou aquém do objetivo de vencer as eleições e substituir o Governo do PS.
Perante a vitória do PS, com maioria absoluta, João Moura admite que tudo indica que deverá haver mudanças na liderança nacional do PSD.
Entre as principais batalhas que irá enfrentar como deputado reeleito, João Moura identifica o combate à perda de população do distrito, o que só será possível com a atração de empresas, de investimento e de criação de emprego.
Defende que a cidade de Santarém tem todas as condições para liderar nas áreas da educação, da ciência e investigação ligada à agricultura e agro-indústria. Assim como Rio Maior poderá assumir a liderança na área do desporto.
Para o Médio Tejo, vai continuar a bater-se pela abertura do aeródromo de Tancos à aviação Civil, projeto que constituiria uma forte alavanca para o turismo da região, servindo nomeadamente os milhões de peregrinos internacionais que visitam o santuário de Fátima e o desenvolvimento turístico de cidades como Tomar.
A conclusão da A13 e a construção de uma nova ponte na Chamusca são obras fundamentais pelas quais irá lutar no parlamento. João Moura salienta igualmente a importância de investir na ferrovia, lamentando que o terminal multimodal de Riachos não esteja a funcionar por falta de sinalização.
O deputado e líder do PSD salienta a grande preocupação com o baixo nível de água na barragem de Castelo do Bode, ficando a dúvida se tal abaixamento se deveu ao interesse da empresa em produzir eletricidade em vez de acautelar o interesse estratégico nacional.
Por outro lado, considera fundamental investir no aumento do aprovisionamento de água, nomeadamente no Rio Tejo, e na sua melhor utilização para o desenvolvimento da região, com ganhos ambientais e económicos.
Considera essencial que os autarcas das duas Comunidades Intermunicipais sejam capazes de se entender quanto aos investimentos estruturantes para toda a região.