Domingo, Março 26, 2023
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Onde se comprova que a literacia em saúde nos dá mais vida aos anos

A chamada Educação para a Saúde precisa de formadores e de políticos que apostem numa direção para a política de Saúde em grande ecrã: um esforço constante para melhorar os meios de subsistência, a habitação, a saúde e um processo educativo contínuo, propondo-se estilos de vida saudáveis e sustentáveis, fazendo-se a apologia da autonomia, dos autocuidados, da literacia, da gestão da doença crónica, e facilitando, até com apoio financeiro, a comunicação em Saúde, dotando o sistema de saúde de ferramentas para melhorar o conhecimento e a consciência de quais os problemas e as soluções que se põem à saúde do indivíduo e à saúde pública. É nas ruas que vemos como melhorou a saúde dos portugueses, é pelas estatísticas que sabemos que se tornou ínfima a mortalidade infantil. Mas continuamos a desperdiçar o nosso conhecimento em saúde, quando ele está ao nosso alcance na extensão de saúde, no nosso médico de família, no enfermeiro de família. Quem é que utiliza o aconselhamento farmacêutico gratuito, ou o exige porque ele possibilita as escolhas corretas para o nosso bem-estar e para tratar convenientemente os chamados males ligeiros (é o caso da prisão de ventre, da gengivite, problemas gástricos ligeiros, o tratamento da acne…), podendo-se assim evitar doenças mais sérias?
A pandemia fez emergir ou intensificar preocupações como as da alimentação, já se referiu, por exemplo que os suplementos alimentares não podem ser usados à toa, requerem aconselhamento para serem tomados com segurança, e direi o mesmo das fibras alimentares. Nos casos em que está a fazer medicação, ou de ter alguma patologia preexistente, deve informar claramente o farmacêutico antes de tomar quaisquer tipos de suplementos ou laxantes à base de fibras alimentares; e esta mesma informação é muito importante caso a opção passe por recorrer a suplementos alimentares como meio de aumentar a ingestão de fibra, salvaguardando assim a possibilidade de ocorrência de problemas decorrentes da toma não informada destes produtos. Não esqueça que estas fibras são componentes dos alimentos de origem vegetal, imprescindíveis para a manutenção da nossa saúde.

É por isso que uma das grandes mensagens da educação alimentar assenta no reforço do consumo regular de produtos hortícolas e de frutos, são uma excelente fonte de fibras, elas têm um papel regulador do trânsito intestinal, mas têm outros efeitos benéficos para a saúde, como o controlo e a prevenção do excesso de peso, da obesidade, da diabetes, da hipercolesterolemia (excesso de colesterol) contribuem para a diminuição do risco de doença cardiovascular, da incidência de casos de doença hemorroidária, de divertículos do intestino e de cancros do colón e do reto.

Estas fibras ingeridas no quadro de uma alimentação diversificada estão presentes numa quantidade suficiente para desempenharem o seu papel benéfico na saúde e bem-estar – daí a importância de uma alimentação variada e diversificada. Há, contudo, por vezes necessidade de recorrer a suplementos alimentares ricos em fibra, tem a ver com problemas relacionados com trânsito intestinal, como a obstipação (prisão de ventre). É importante não esquecer que a sua toma deve sempre ser feita mediante aconselhamento farmacêutico. E porquê? Porque há patologias em que o aumento de consumo de fibras está contraindicado.
É na consciência dos problemas de saúde que devemos procurar as melhores soluções e elas passam também por apoiarmo-nos na comunicação com os profissionais de saúde, e o exemplo que se deu tem a ver com o desperdício em não utilizarmos o aconselhamento gratuito do nosso farmacêutico.

Mário Beja Santos

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Mário Beja Santos
Mário Beja Santos
Toda a sua vida profissional, entre 1974 e 2012, esteve orientada para a política dos consumidores. Além da atividade funcional, foi representante associativo, tendo exercido funções no Comité Consultivo dos Consumidores, na Comissão Europeia, e na direção da Associação Europeia de Consumidores. Foi autor de programas televisivos e radiofónicos, bem como de dezenas de trabalhos no campo específico do consumo. Ao nível da sua participação cívica e associativa, mantém-se ligado à problemática dos direitos dos doentes e da literacia em saúde, domínio onde já escreveu algumas obras orientadas para o diálogo dos utentes de saúde com os respetivos profissionais, a saber Quem mexeu no meu comprimido?, 2009, e Tens bom remédio, 2013. Doente mas Previdente, dá continuidade a esta esfera de preocupações sobre a informação em saúde, capacitação do doente, o diálogo entre os profissionais de saúde, os utentes e os doentes.Colabora frequentemente com a imprensa regional e blogues, e exerce benevolato com associações de consumidores, como seu representante. Desde 2006 que se dedica igualmente a estudos sobre a colónia da Guiné portuguesa e a vida política na Guiné-Bissau, temas sobre os quais publicou uma dezena de livros.
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