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Festival de Órgão de Santarém é um evento único que combina música, artes performativas e gastronomia (vídeos)

O FÓS – Festival de Órgão de Santarém vai realizar-se de 19 a 27 de novembro, num evento único a nível internacional que combina a música de órgão com a poesia, a dança, o cinema, o teatro e as artes performativas, a música coral e a gastronomia.

organização do festival órgão santarem
Apresentação do programa do FÓS com o Provedor da Misericórdia de Santarém, Hermínio Martinho, o Vigário-geral da Diocese, Padre Aníbal Vieira, o Vereador da Cultura da Câmara de Santarém, Nuno Domingos, o Diretor artístico do FÒS, Rui Paulo Teixeira, e o organista residente do FÓS Ricardo Toste. Foto JB

O FÓS – Festival de Órgão de Santarém, cuja quarta edição foi apresentada no Museu Diocesano de Santarém, decorre nas igrejas que acolhem os sete órgãos de tubos existentes na cidade, seis deles considerados “dos mais interessantes exemplares da organaria ibérica”.

Veja aqui o vídeo da apresentação pública do FÓS que o Mais Ribatejo transmitiu em direto no canal do Youtube:

O festival, que tem direção artística de Rui Paulo Teixeira, resulta de uma parceria entre o município scalabitano, a Diocese e a Santa Casa da Misericórdia de Santarém, trazendo à cidade “artistas nacionais e internacionais”.

Rui Paulo Teixeira: FÓS  surge com uma arquitetura programática completamente transfigurada

O Mais Ribatejo falou com o diretor artístico do FÓS, Rui Paulo Teixeira que nos diz que “o Festival surge com uma arquitetura programática completamente transfigurada, conceptualmente inspirada no lema da cidade que o promove: uma História de Liberdade”. O Maestro Rui Paulo Teixeira afirma que “o FÓS irrompe com a força de um manifesto cultural no qual o Órgão Histórico é a estrela mais brilhante de uma constelação artística ancorada numa abordagem tradicional – histórica – mas simultaneamente e de forma totalmente livre, com alguma atitude provocativa – moderna – disruptiva com a abordagem convencional do órgão histórico”.
Rui Paulo Teixeira salientou a “singularidade” de Santarém concentrar no seu centro histórico um elevado número de órgãos, tornando “muito simples” o acesso do público a vários concertos, e permitindo que o FÓS “se torne numa festa do órgão”, que procura fugir a uma “perspetiva tradicional e até tradicionalista” deste tipo de eventos.

Free Organ Day´ dá a conhecer os seis espaços e órgãos do FÓS

 

O Festival de Órgão de Santarém vai começar no sábado, dia 19 de novembro, com o “Free Organ Day”, que vai dar ao público a oportunidade de conhecer através de um percurso as igrejas e os órgãos históricos do Festival, em seis distintos momentos. Trata-se de uma experiência piloto dinamizada pelos alunos e professores de órgão do Conservatório de Música de Santarém e que em 2023 vai ser alargada ao concelho.

Ricardo Toste é o organista residente do FÓS

Uma das novidades deste festival é a existência de um organista residente. Ricardo Toste é o organista inFÓS ao longo do FÓS – Festival de Órgão de Santarém. Ao longo do evento, o organista português em residência musical apresenta-se em diversos contextos.

Para além de várias ações criativas, tais como uma composição do momento in memoriam Joaquim Luís Gomes e 4 flashmobs, Ricardo Toste vai promover ações pedagógicas e de sensibilização patrimonial, nomeadamente 6 conversas didáticas para conhecer a organologia de todos os órgãos do festival. Haverá igualmente ações performativas como um concerto, recital de poesia com órgão e um recital-jantar gourmet.

Património Organístico de Santarém em livro

“Património Organístico de Santarém” é o nome do livro da autoria de Samuel Vieira que vai ser lançado no dia 19 de novembro, às 17h30, na Igreja da Misericórdia, no âmbito do FÓS – Festival de Órgão de Santarém 2022.

O livro dá a conhecer os órgãos que foram identificados e expõe a história e algumas características, repertórios, práticas e executantes do património organístico de Santarém.

Desde 2009 que Santarém se tornou na cidade portuguesa que reivindica o título de reunir mais órgãos antigos, em perfeito funcionamento, dentro do centro histórico.

Do total de seis instrumentos antigos restaurados entre 2007 e 2008 pelos organeiros Dinarte Machado e Nuno Rigaud, nomeadamente nos templos de Nossa Senhora da Assunção de Marvila, Nossa Senhora da Conceição – Sé, Nossa Senhora da Piedade, Nossa Senhora do Monte, Santa Casa da Misericórdia e São Nicolau, quatro têm a marca dos mais destacados mestres de organaria portuguesa do fim do séc. XVIII e início do XIX: António Xavier Machado Cerveira e Joaquim António Peres Fontanes.

O último órgão a ser restaurado foi o da Igreja de Santa Maria da Alcáçova em 2015.

O autor do livro, Samuel Vieira é natural de Vale da Pinta, no Cartaxo. Estudou piano no Conservatório Regional de Tomar e é diplomado em canto pelo Conservatório Nacional de Lisboa. É mestrando em Musicologia Histórica na FCSH da Universidade Nova de Lisboa, de cuja universidade possui o grau de licenciatura. Colaborou com o Teatro Nacional de São Carlos, Teatro Carlo Felice – Génova, Orquestra do Norte, Companhia Portuguesa de Ópera e o coro Prisma Coral- Ensemble. No âmbito da direção coral, fundou o Coro Cosme Delgado, e coordena os coros paroquiais das igrejas de Vale da Pinta e Alcoentre.

Como produtor musical/ cultural fundou a OPERACLASSICA.PT, dedicado à investigação de repertórios e produção de concertos.

“Concerto Liberdade” no dia 19 na Catedral

No dia 19, à noite, na Catedral, o “Concerto Liberdade” vai juntar Ricardo Toste, organista residente do FÓS e organista na Sé de Aveiro, e Sílvio Vicente, organista principal no Santuário de Fátima e responsável pela versão eletrónica do espetáculo, para uma “performance artística contemporânea”.
Esta inclui a exibição de “Tempus fugit”, tríptico mudo do cineasta local Virgílio Torres, numa colaboração com o Cineclube de Santarém, e “um simbólico momento ‘in memoriam’ de Joaquim Luís Gomes, maestro e compositor escalabitano de relevo no século XX”.

`óH! Tubos, Teclas e Música´ é o nome de uma das muitas ações que vão ter lugar durante o FÓS- Festival de Órgão de Santarém 2022. São conversas didáticas orientadas pelo organista inFÓS, Ricardo Toste, para conhecer a organologia de todos os órgãos deste evento com o intuito de sensibilizar o público para esta área patrimonial. O organista Ricardo Toste vai mostrar a mecânica interior dos tubos dos órgãos históricos, como funcionam as teclas associadas à consola assim como a respetiva registação tímbrica.

As conversas “óH! Tubos, Teclas e Música” regressam no dia 26 às 12h30 na Igreja da Misericórdia, às 15h00 na Igreja de S. Nicolau, e no dia 27, às 12h30 na Igreja de N.S. da Piedade; e às 15h00 na Igreja de N.S. de Marvila.

As ações culminam sempre com um breve recital de Ricardo Toste.

Concerto Scalabitano alia música órgão no dia 20

No domingo, dia 20, à tarde, o Concerto Scalabitano vai juntar, na Igreja de S. Nicolau, o Coro do Círculo Cultural Scalabitano, com direção musical do seu maestro titular, António Matias, e a organista Marta Cruz.

Recitais de Poesia no FÓS

Outra das novidades da programação do FÓS será a iniciativa “Poetral”, com recitais de poesia acompanhados por órgão, numa espécie de “vitral literário” em que a musicalidade da poesia se vê expandida pela música para órgão. O evento conta com duas ações na igreja de N.S. da Piedade no dia 20, às 18h00, pela voz dos atores do Veto teatro Oficina do Círculo Cultural Scalabitano, – Ferreira da Costa e Teresa Domingos. Neste “Poetral” vão escutar-se poemas do património literário português a que se juntam as músicas para órgão interpretadas pelo organista in.Fós Ricardo Toste.

O segundo “Poetral” regressa no dia 26, às 123h00, também com o elenco do Veto – Francisco Sequeira e Mena Cardoso, com poemas de Sophia de Mello Breyner Andresen, acompanhados no órgão por Lídia Correia.

Masterclass informal para organistas e amantes de música

O organista alemão Jürgen Essl vai dar uma masterclass para organistas e amantes da música, no dia 25, às 16h00, na Igreja de Marvila.

Organista alemão Jürgen Essl e estátuas vivas animam Concerto Master  

O concerto master é um dos muitos destaques do FÓS – Festival de Órgão de Santarém 2022. Dia 25 de novembro, o concerto para órgão solo vai ter a presença de várias áreas artísticas onde o protagonista será o alemão Jürgen Essl, um dos principais organistas e compositores da cena musical internacional de hoje na área da interpretação contemporânea para órgão. A acompanhar Jürgen Essl nesta IV Edição do FÓS vai estar um conjunto de Estátuas Vivas pelos Quideia Animações.

O organista e compositor Jürgen Essl que possui um talento inesgotável e fantasia para improvisação livre no órgão apresenta-se regularmente em prestigiados locais do mundo.

Jürgen Essl estudou órgão na Alemanha e na França com Ludger Lohmann e Francis Chapelet, completando depois os seus estudos em Viena com Michael Adolesceu. Professor da Hochschule für Musik und Darstellende Kunst Stuttgart, Jürgen Essl também atuou como Professor de Órgão na Musikhochschule Lübeck e organista na Igreja do Castelo de Sigmaringen. Em 2008 liderou o internacional ‘Kongress der Kirchenmusik’ em Stuttgart, um dos maiores encontros de música sacra do mundo. É cofundador da Internacional Summer Academy of Music – ISAM em Ochsenhausen, na Alemanha.

Como compositor, as obras de Jürgen Essl foram interpretadas por alguns dos principais coros e orquestras.

Concerto de órgão apela à participação familiar

Destaque para o “Concerto Família – The Sounds of Movement”, no dia 26 às 17h00, na Catedral de Santarém, que procura envolver a comunidade local a participar num dos concertos do evento. Trata-se de um projeto com um coro infantil, a que se associa o órgão e a dança, durante dois dias, alunos do Conservatório de Música de Santarém vão trabalhar com a maestrina Helena Venda Lima para se prepararem para participar na performance do Corto de Pequenos Cantores de Esposende. Conta com Inês Barros na dança e André Bandeira no órgão.

Recital Gourmet – petiscos de organista

ricardo toste organista in fos
Ricardo Toste é o primeiro organista residente do Festival de Órgão de Santarém

Já imaginou um jantar no qual vai poder escutar a música de cada prato antes de provar cada um deles? A IV edição do FÓS – Festival de Órgão de Santarém 2022 vai ter um Recital Gourmet – Petiscos de Organista, no dia 26. Trata-se de uma “recriação” musical para órgão de pratos concebidos por um chef propositadamente para a ementa da noite, bem como a “recriação” gastronómica de músicas ao gosto do organista inspiradas na musique de table que acompanhava festas e banquetes franceses nos séculos XVI e XVII.

O evento inclui dois distintos momentos. O primeiro, um jantar degustativo no refeitório da Sé Catedral com uma ementa criada pelo chef João Correia do Restaurante Dois Petiscos, sob direção criativa de Rui Paulo Teixeira, acompanhada com órgão solo através da improvisação de Ricardo Toste (ingredientes e pratos que marcaram particularmente a infância do organista). O segundo, uma sobremesa expandida, no coro alto da Sé, através de um intimista recital para órgão com Ricardo Toste (organista in.FÓS) e a soprano solo Eva Braga Simões.

Reservas no Museu Diocesano de Santarém (Edifício do Seminário | Tel.: 243 304 065) Lotação limitada e sujeita a reserva e pagamento prévios.

Missa dominical com música no FÓS

A Catedral de Santarém vai ser palco no domingo, dia 27, às 11h00, de um a missa dominical acompanhada pelo Schola Catorum da Catedral de Santarém. Sob direção musical de Maria do Rosário Correia, conta com o organista titular da Catedral de Santarém, David Paccetti Correia.

Concerto histórico no encerramento

ricardo toste organista
Ricardo Toste vai atuar em vários momentos ao longo do Festival de Órgão de Santarém

Um concerto histórico na cultura musical portuguesa será outro dos pontos fortes da IV edição do FÓS – Festival de Órgão de Santarém, no dia 29 de novembro, e que procura evidenciar a presença do órgão histórico no contexto do repertório da música antiga.

Nesta edição de 2022 assistir-se-á a um momento efetivamente histórico na cultura musical portuguesa reconstituída muito recentemente pelo musicólogo José Abreu, no prenúncio dos 400 anos da sua morte. Será apresentado em estreia moderna uma obra antiga de Francisco Garro, compositor de relevo da renascença ibérica, natural em Espanha e falecido em Portugal.

Sob direção de Luís Toscano, o concerto é interpretado por uma das poucas formações portuguesas especializadas em polifonia portuguesa, os CUPERTINOS — Grupo Vocal, acompanhados pelo expert em música ibérica para órgão histórico Andrés Cea Galán.

Andrés Cea Galán nasceu na Andaluzia em 1965. Completou os seus estudos em Espanha tendo continuado a estudar com Jean Boyer em Lille e Jean-Claude Zehnder na Schola Cantorum Basiliensis. Interessado por instrumentos históricos, emergiu como cravista, tocador de clavicórdio e organista. Trabalhou como construtor de órgãos com Gerhard Grenzing em Papiol e esteve envolvido em restaurações de órgãos e na construção de novos órgãos em Espanha e n França. É igualmente autor de vários tratados musicológicos correspondentes aos seus interesses na música e órgãos espanhóis para teclado. Apresentou a sua dissertação em 2014 na Universidade de Madrid, dedicada ao estudo aprofundado sobre a Cifra Espanhola dos séculos XVI a XVIII. Como editor, tornou as primeiras composições acessíveis à prática musical de hoje. É o líder da Academia de Órgãos da Andaluzia. Isso envolve ensinar, bem como explorar, preservar e promover os órgãos históricos no sul da Espanha.

Andrés Cea Galán atua como intérprete e professor na Europa, América e Japão. Fez inúmeras gravações em CD (música de órgão espanhola, incluindo as de Antonio de Cabezon e Francisco Correa de Arauxo). Todos foram gravados em órgãos históricos, como em Évora (Portugal), Lerma e Marchena (Espanha).

 

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