InícioOpiniãoProfecias de Ano Bom pelo Nostradamus de Venda da Gaita. A Corja...
banner-carnaval-Santarem

Profecias de Ano Bom pelo Nostradamus de Venda da Gaita. A Corja contra-ataca, Operação Saca. Onde para o Avião d’Ouro?

Volta e meia recebo uns escritos mais obscuros e lunáticos que o buraco-negro da TAP; os linguados de Gonçalo M. Tavares no Expresso; ou as explicações do bem-aventurado Marcelo para fugir a unhas de beato da aprovação da eutanásia, só repudiada em absoluto pelo Chega e o Comité Central do P.C.P, este último por ouvir dizer que querem limpar o sarampo aos velhos xexés da política e apoiantes encapotados de Putin, com uma martelada na cabeça à falta de injeções de arseniato de estricnina.

Estes vieram com o solstício, acompanhados de simpáticas palavras de louvor dizendo que eu já merecia um prémio literário como aquele agora atribuído ao grande poeta da oração em verso de pacotilha, muito puxado das musas sacras e cheiro a incenso, cardeal Tolentino, salvo tal nome no arraial do Parnaso.

A seguir, de contrapeso, pede-me que dê publicidade a esta sua arenga, nos meios onde exerço o alto mister da escrita paraclética, a primeira, diz ele, sem segunda neste país, capaz de penetrar com boa sorte nos arcanos engolfados da décima dimensão oculta antecipando a alquimia do futuro. Eu também acho que possuo aquilo do paraclético de saber penetrar na décima dimensão oculta. O que me tem atrapalhado é a boa sorte engolfada para acertar no euromilhões.Nostradamus 2

Não obstante este Nostradamus areado de novo ter pancada na mola, decidi oferecer à curiosidade solapada dos leitores, o dito texto dele porque, como é dos livros, os doidos dizem verdades que os sisudos, comentadores amoladinhos e bule-bules nem sonham, querem saber, ou das quais falem. Audiamus para não desdizer do paraclético:

PROFECIAS DO ANO BOM E MAIS CHINESICES, TRAZIDAS A PÚBLICO EM DOIS COMENTOS PARA DESENGANO DA DISCRIÇÃO PRUDENTE E DA POLÍTICA TURVA QUE MINA O ESPÍRITO DA NAÇÃO E CONTRAFORTES DA MORAL

Primeiro Comento: COMEI DA PANELA QUE BOA É ELA. Despertai, ó mortais, do letargo em que vos traz este tempo de chichisbéus, janotas e alfanados, que são como uns anófeles corruptos que têm a vista na ponta das unhas. Aprendei, após o desengano de tanto lobisomem e harpia tida por mansa ovelha no redil da democracia, as falsas venturas do engano para vos armardes contra os enganos do Ventura. Porém, se a ventura por que há cinco décadas ansiais, de tão esperada e traída vos parece pior que o engano do Ventura que direi que busqueis, ó mortais? Aqui o vereis e aos enganos recentes de tantos em quem confiais, em tudo iguais aos precedentes e presentes sem quase excepção, tudo na mesma procissão de corpo presente, barriga cheia e pé dormente, entre Belém, S. Bento, e mais além. Chorai arcadas do violoncelo que dois milhões de pobres ao fim de cinquenta anos de cravos não ganham prò pitrol: «Que infausta es la estrella que me guia/ Al precipício de vivir penando/ Se es vida la que vengo tolerando/ Que venga de novo la tirania».

no principio era o fim
No princípio era o Fim

Eran las cinco en punto de la tarde, quando meio milhão de marcolinos levantou voo na TAP, destampada e sem testo, e aterraram logo, cheios de gula aerostática por mais um milhão deixado para trás, do outro lado da rua para o vade-mécum duns parcos trocos prà viagem. Daí, derraparam, sem tocar em harpa, na casa forte do Tesouro aberto aos eleitos, à guarda dum tal Medina sem Sidonia nem memória e de mala aviada, tudo num airoso looping muito de se ver, sem ter que se pentear a senhora dele, toda dos reis da aldrabice, que já o não andava, consoante a moda naquele governo de despenteadas matronas fingindo ser umas Gertrudes Stein e Simones de Beauvoir de esquerda como fénix renascidas. Tudo sem ninguém dar conta, a não ser o pasquim do Penim, que o resto da gente séria quando não se ri, tem mais em que pensar do que vigiar o guito desviado que anda por aí a voar.

Se queres igual bocado, dá-te à paródia e finge que olhas prò lado. Quem sabe o que vai em S. Bento é quem lá está dentro e como há-de aos outros governar quem a si não se governa?, atarracha o nosso povo e com razão que é sereno como um pião esgravulha.

Lá diz nas actas um certo deputado deposto da nação:«O P.C.P. não alinha no discurso daqueles que enchem a boca de frases contra a corrupção» ( in António Filipe – Intervenção no Parlamento em 30/11/ 2020). E é verdade, que primeiro que os outros em cinquenta anos nunca abriu a boca contra a corrupção pois entre duas pedras ninguém meta a mão. Se o partido brama é só depois da atoarda da casa roubada, que o tempo, que dantes servia à emancipação do proletariado cujo atou as botas e já não vota, é hoje todo pouco para exigir mais dinheiro do Capitalismo Monopolista de Estado Europeu, amparo da Nato e nata dos críticos dela, em forma de bazuka ou caldo da portaria, para dar ao «nosso povo, trabalhadores, reformados, e pensionistas», de preferência das classes altas na miséria a ver se ainda evitam desaparecer no caixote do lixo da história ressurecta. O resto é música e mesmo esta fria como nariz de cão. E deste pano usa, mais ou menos remendado, o resto da caranguejola que sobeja da tomada da Bastilha e outubro vermelho repintada de fresco, pugnando para mudar a onomástica «Direitos do Homem» para «Direitos da Mulher», e homo sapiens para Maria Castanha, e qualquer dia o velho Deus falocrático e celibatário para Vénus Anadiómene ou Pã gaiteiro ao serviço das ninfas, o que ainda é o melhor que alguns têm.

Aos corruptos a maioria diz nada a assobiar aos ventos e é essa a pedra filosofal da ditadura que há-de desabar como muralha de Valença, daqui a dez anos, sobre a formosa ética republicana, embarretada e de peito nu, em farrapos pelas ruas da desventura.

Ética Republicana pelas ruas da amargura
A Ética Republicana pelas ruas da amargura

Segundo comento: A MAMADEIRA – Muito para se admirar são também umas tapeçarias vistas do avesso duns tecelões de marca que trocam o vinte ao assunto afirmando que a denúncia dos corruptos é o que cria mais corrupção o que dá a entender por alguma razão que não querem acordar o cão que dorme. Dividem estes tecelões a meada da corrupção, após muitos anos daquela cantilena para embalar meninos «à justiça o que é da justiça», em duas linhas principais: a meada jurídica e a meada política, sem mais. Como se leis e política brotassem de geração espontânea, sem Moral nem Ética, depois que o filósofo do «céu estrelado sobre mim e a lei moral dentro de mim» atou as botas com a restante filosofia da batata.

Exemplo disto é, neste caso presente da TAP, um imaculado Marcelo que logo no primeiro dia em que se soube que a senhora do meio milhão levantou vôo com ele, disse aos portugueses, e jornalistas de polpa mole do «ainda assim antes p´lo contrário» que lastimava muito mas que era tudo legal e muito jurídico, ponto final pardais ao ninho. Parece que este nadador de cortiça, além de jurista, tem um irmão advogado sabidíssimo que se achou na contenda inter pares do milhão e meio, em princípio pretendido pela despedida, cujo acabou em meio milhão e viva o erário público. Lembra esta estrangeirinha aquele capitão da tropa que deu a notícia da morte do pai a um soldado dizendo-lhe primeiro que tinha morrido a família dele toda para logo a seguir acrescentar «É mentira, pá, só morreu o teu pai!». Foi então, tornando ao imaculado de água doce, que apareceram os da segunda meada da política e disseram a este Marcelo das dúzias pelo preço duma que não senhor a coisa fiava mais fino e que além de jurídico aquele era um caso político. «Ah, pois, era o que eu queria dizer, além de jurídica, a maçaroca voadora do meio milhão é duma grossura política que alto lá com o charuto!». Ética? Moral? Nada. Apenas política. «Se fosse também moral tinha que ir tudo raso, incluindo eu que me farto de atropelar a ética laica e republicana, lambuzando em serviço, de joelhos, os anéis aos bispos, rainhas e papas defuntos, ou entoando com voz rouca de grou o avé em Fátima».

moeda da bazuka oferecida por putin escudo nuclear
Moeda da próxima bazuka oferecida a Portugal por Putin (O Escudo Nuclear)

No seguinte dia desmaiava a tarde nos braços da noite, ainda o meio milhão da TAP andava a voar, não é que surge uma nova clara do ovo político e das melhores gemas dele que as tem bem boas, já sob a alçada da lei e contas embargadas de dó, a qual com jeito para a agricultura queria ir semear gravanços pra Bragança e colher milho em Caminha ou Abrantes? Pois foi. Mas aqui, alto vareta!, embora o capataz encostado à lei estivesse p´los ajustes dizendo que era tudo legal, já esquentado do caso anterior, salvo tal lugar, o maioral da cabrada sem barbilhos avisou logo que a dita clara em vinhais d´alhos e bugalhos não podia entrar no guisado do governo, por que embora aquilo fosse muito jurídico era cá uma alpista ou «peso político negativo» que não te digo nada! E pronto, estava o caso arrumado que nisto de coerência, arte no arame jurídico e benzeduras contra a eutanásia com que o Deus omnisciente matou na cruz a emanação tridentina do Filho, este Marcelus eris não brinca em serviço. E ficou a rezar para que não aparecesse por aí, dentre os comentadores e críticos de meia tigela, algum que o interrogasse sobre se ter ido, como também foi o cardeal pedófilo condenado George Pell, agora a caminho do Além doutros anjinhos, ao funeral do conservador ortodoxo emérito Bento XVI, cujo processo de compadrio com os pedófilos da Igreja ainda decorre no tribunal alemão, não foi também ir abençoar o dito emérito, e validar em nome dos católicos honestos e portugueses, um «peso religioso negativo»? Quando, daqui a cinco anos, no Vaticano, um novo cisma de Avinhão entre conservadores fechados e franciscanos abertos revolver os fundamentos da fé, este beato português será alçado por santo ao lado de Lúcia que abençoou Salazar escolhido por Deus e esconjurou as mulheres de calças e mini-saia. A qual Lúcia hoje, se entrasse numa sala de aula pública no verão vendo as alunas quase nuas e professores que passam por hábito antigo metade do ano em greve a mando do Nogueira das baldas e anexos à custa do dinheiro dos contribuintes e paciência dos pais, escolas pouco menos que inúteis sem programas, pedagogia e assuntos científicos modernos, donde foram retiradas as antigas efígies sagradas do Crucificado e do pai da Pátria, morria sem ver o inferno de novo.

Ainda aqui, neste segundo caso do «peso político negativo», este constitucionalista dos afectos por conta da santificação futura no Vaticano, teimou que o caso, mais que jurídico era político e só político. (Como seria de mau gosto que este Nostradamus da moral hermética estivesse a mentir neste particular vejam-se as declarações prestadas por Marcelo Rebelo de Sousa in RTP 3, dia 5-01-2023, 19 horas: « O problema (de Clara Alves), não é jurídico nem ético, mas apenas de ónus político». Ou seja, para o chefe da Nação podem existir leis e políticas que não sejam éticas nem morais como neste caso, isto é, para ele Marcelo a questão ética não contava para ali por que não havia falta de ética nem moral no descaramento da senhora e do seu protector o que havia era «ónus político» o que da primeira vez que falou do meio milhão com asas se repetiu. E depois venham cá gabar muito este professor de leis sem ética e patacoadas bravas. «São estes os meus princípios, mas se não gostam tenho outros» cf. in Grouxo Marx – nota do autor).

Diógenes busca a Política sem Ética em Belém
Diógenes busca a Política sem Ética em Belém

Como Diógenes com a lanterna em busca dum homem virtuoso, neste país do futebol com luvas e política sem ética, quando há corrupção raro é haver inquéritos; quando há inquéritos raro é haver acusações; quando há acusações raro chegam a julgamento; quando chegam raro acabam em condenações; quando há condenações raro terminam em prisões; quando há prisões se forem taludos saem antes que a vara da justiça se cumpra. Fim? Não, que só nesta revoada a propósito dos corvos da TAP ainda voaram mais os trezentos mil do Alves de Caminha Miguel que estás a agradar, o que junto à outra Alves e aos Reis formam a onomástica famosa Alves dos Reis um nome de boa nota ou boas notas e contas de arrecadar na aurora do século XX lusitano. Sem falar no advogado de vinhais e outros que tais que não constam do inferno de Dante; e mais o Reis de Espinho como as rosas e perfume a flor de laranjeira para compor o ramo; e um Pinto ser constituído arguido pronto a bater asas donde está; e os Arlindos, os Duartes, os Limas and so on. do PSD à mesa do orçamento; e os Salgados dos bancos de carapau de corrida, e os Sócrates, os Varas, os Pinhos e outros do P.S. da mão fechada pròs de fora; e os corruptos dos governos do Cavaco que recebeu dinheiros do Salgado e Primos para as campanhas presidenciais ió; e os corruptos do governo do Passos iá; e aquele do imobiliário de escada acima do Bloco de Esquerda iú; e o dinheiro que o Putin e os anteriores com paredes de vidro fosco deram ao P.C.P. ié; e as obras do hospital militar que custaram três vezes mais do que o previsto; e a ex-secretária de estado dos turistas e vinho verde que seguiu a nove sem errar a porta para uma empresa que tutelou com trinta milhões de ostras; e as sanções para este tipo de favorecimento milionário serem uma brincadeira d´entrudo: três anos sem voltar ao local do crime e um beijo à chegada; e os médicos que ganham já mais 500% em ecografias feitas fora do horário de trabalho e vão deixar todas pra essa altura; e o hospital de Braga invadido pela PJ por suspeita de criminalidade financeira; e um ministro Bizarro totó que julga poder salvar o SNS sem esgotar o erário público iá; e o Zé do Telhado que roubava aos ricos para dar aos pobres verdadeiros, que passam neste país de dois milhões; pobres deserdados da democracia de tanta corrupção que qualquer dia embarcam prò Brasil clamar por Bolsonaro que venha metamorfoseado em Ventura ou Trump ou Putin ou Hitler salvar Portugal, a Europa, o Mundo dos aldrabões; e Joe Berardo que se ri disto tudo iá; e os administradores da TAP que trocam cheques extras entre si para além dos milhões em salários imorais que já abarbatam, e indemnizações que dão aos amigos ió; e o Parlamento nacional cheio cada vez mais de idiotas que só falam e pensam por lugares comuns «casos e casinhos», como meninas a brincar às casinhas, a maioria que entra muda e sai calada, bem aviada e recomendada, sem dar ouvidos a corruptos por esperteza saloia nem exigir fiscalizar os membros dos governos como nos países sérios; e o que fez negócios com a indústria do lixo e foi levado prò Ambiente para limpar alguma coisa que ainda sobre; e os burros de Cacilhas iá; e isto nunca mais tem fim ié; nem que morra o Costa de quem o povinho gosta, o Raimundo do viró disco do «nosso povo, de tubarões, patriotas e trabalhadores do gamanço, sem distinção nenhuma», e a Catarina que nunca mais cresce antes do partido desaparecer e sugeriu uma comissão de trabalho e duas de descanso para escrutinar; e o beato de Belém que quando lhe falam em escrutínio puxa logo do telemóvel e liga ao Ornelas; e o Tavares de quem não tarda o pagode se verá livre; e o Montalegre que está sempre a rir e ainda ninguém lhe pagou nem lhe dará votos que cheguem para alcançar o poder e já se abstém com telhados de vidro a ver tudo muito negro, e a Inês posta em desassossego com as touradas do país, e o Cotrim do não chorem mais por mim que vou antes que me mandem, e o Pedro dos aviões de ouro que está lixado com o inquérito parlamentar e nunca mais há-de saber de que terra é; e o Marcelo que não pára de dizer asneiras e visitar todos os meses o Santuário de Fátima a ver se vê a Virgem de Lúcia ou o beatificam a ele; e a extrema direita a invadir algumas Igrejas e forças de segurança iá; e o Galamba do lítio na corda bamba com linguagem de cavalariça que chamou estrume a uma jornalista menos má e avisou o Sócrates para fugir à polícia posto a mandar no ministério agora apelidado das Infra-Estrumuras e na TAP pra aterrar ainda este ano os aviões de ouro em Alcochete com muito gosto do Moedas do amigo Pedro e mais panelinha dos que lá compraram terras deixando os do Montijo e Santarém como saloios embarretados a brincar com a maçã do escaravelho que ele deve saber o que é ió.

Portugal dos pequenos, pobres e desilusos, que com todos estes e todas estas depois que entrou este abril não sai da cepa torta há dezenas de anos há-de um dia espojar-se já farto a dormir com a canga aos pés doutro rei, tirano, ditador, bispo, ayatollah, rabi, mandarim, avançado centro, marco paulo, goucha, e outros exemplos assim da imbecilidade em português do tempo do dilúvio e microfone agarrado na mão; internet redes sociais e televisões de malucos neste manicómio global que nos envergonha na galáxia a que antes de meados deste século um meteorito ou guerra nuclear fará aos milhões de pobres e deserdados com fome deste planeta a justiça que lhes tem faltado, com todo o povo de deserdados cantando a uma só voz a canção do pirata quando estava a morrer «Fifteen men on the Dead Man´s Chest, Yo-ho-ho, and a bottle of rum!» dirá então deixem-me dormir outros oitocentos anos que o povo é sereno e isto tudo, menos que o sonho dum demónio brincalhão, é só fumaça, e morra o Dantas morra. Pim! Por minha alma meio milhão que estou podre de sono e vou partir com a Christine-Mon-Chérie do CEO da TAP para o Rick´s Café de Casablanca. Valete fratres que não tenho reis.

MÁRIO RUI SILVESTRE

Receba a newsletter com as notícias do Ribatejo

 Mantemos seus dados privados. Leia a nossa política de privacidade para mais informações.

Deixe o seu comentário

por favor, escreva o seu comentário
Por favor, escreva aqui o seu nome

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.

Também pode ler
pub
pub

Artigos recentes

pub
pub
pub
banner-aguas-ribatejo
pub
banner-união-freguesias-cidade-santarem
pub
Viver-Santarem