Chama-se Maria do Céu Antunes, foi Vereadora e Presidente da Câmara de Abrantes, como titular da pasta da agricultura tem-se notabilizado pela apetência para a asneira, o improviso, a teimosia caturra de quem faz jus de modo aplicado ao adágio se queres ver o vilão mete-lhe o pau na mão.
As façanhas da ora ministra vêm de longe, dissimulada, aproveita todas as ocasiões para ser oportunista mesmo à conta da desgraça alheia, lembro a sua intervenção numa feira de frutos em Berlim, em plena expansão da mortalidade pandémica, ao referir as vantagens de Portugal por nessa altura a peste estar a sangrar (ceifar) a vida das pessoas na Europa do Norte, enquanto no nosso País a praga ainda era considerada com bolha passageira e pouco ofensiva. Lembram-se?
Fui oposição a Céu Antunes na Assembleia Municipal de Abrantes, mantivemos uma relação de respeito mútuo, no entanto, quando criticava a sua governação sectária, paroquial, logo sem rasgo e ousadia para contrariar o atrofiamento concelhio, espumava ira a transbordar para além da sessão política.
A recente transformação da direcções regionais de agricultura em nichos burocráticos anexos às CCDRs bem como o apagamento de uma Secretaria de Estado no Ministério que governa ao estilo de capataz, é a prova insofismável de ânsia glutona de mandar em tudo quanto mexe no Ministério desprezando as opiniões de produtores, agrícolas, fabricantes e demais intervenientes do e no nosso universo rural em estreita aliança com a ciência, a cultura e a técnica. Nós vamos perdendo heranças e património, Costa vai perder o poder. É a vida!
Armando Fernandes