O XIV Congresso Nacional do Milho 2023 que termina esta quinta-feira no Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas, em Santarém, conta com a participação de cerca de mil participantes, entre os quais cerca de 300 estudantes.
Nuno Russo, vereador da Câmara de Santarém com o Pelouro do Apoio ao Desenvolvimento Agrícola do Concelho, deu as boas-vindas aos participantes, na sessão de abertura desta iniciativa, que teve início ontem, dia 15 de fevereiro.
O vereador da Câmara de Santarém congratulou a ANPROMIS pelo seu 35.º Aniversário, e referiu que neste Congresso “cumpre-se, exemplarmente, a função de informar e apoiar os Produtores e as suas Organizações, com a discussão e o debate de todas as questões que afetam a produção de Milho e Sorgo, em Portugal”.
Nuno Russo referiu que “o Município de Santarém, em resultado de uma apresentação ocorrida neste Congresso em 2022, sobre o Papel da Agricultura no Modelo de Desenvolvimento Socioeconómico Português, está neste momento em fase de adjudicação, para a realização de um diagnóstico da realidade agrícola, pecuária, florestal e agroindustrial no concelho de Santarém”.
O vereador da Câmara de Santarém acrescentou também que “Esta caracterização servirá para elaborar uma estratégia futura, e um plano de ação, que permita identificar oportunidades que potenciem o investimento nestes setores, definindo o papel da Câmara Municipal de Santarém enquanto facilitador do desenvolvimento deste setor no concelho e na região”.
Aproveitou também a oportunidade para dizer que “o Pelouro do Apoio ao Desenvolvimento Agrícola do Concelho pretende criar o Conselho Municipal da Agricultura, com o propósito de auscultação permanente do setor agrícola, de relevo na atividade e vida económica local, e como órgão de coordenação, consulta, concertação e estudo, num contexto de participação colaborativa e numa plataforma de debate, em que os diferentes intervenientes, quer entidades públicas como privadas, possam contribuir para o desenvolvimento e inovação da agricultura no concelho de Santarém”.
E acrescentou ainda “A cidade de Santarém é a capital do Ribatejo, caracterizada por uma forte atividade do setor agro, tendo uma imagem vincada e relacionada com a importância da agricultura, pelo que a Autarquia tem de assumir, e vai assumir, o papel de liderança na discussão de todas as matérias de relevância para o seu desenvolvimento da agricultura e do país”.
Desta forma, “o Município de Santarém enquanto entidade parceira na realização dos dois maiores eventos do setor agrícola em Portugal, como a Feira Nacional de Agricultura e a AgroGlobal, e enquanto Capital da Agricultura Nacional, tem a vontade e o interesse de realizar um encontro, com a maior brevidade possível, ainda este ano de 2023, de todos Municípios do país que tenham o Pelouro da Agricultura, ou com especificidade similar”.
Este Congresso aborda alguns temas extremamente relevantes para o sector agrícola nacional:
– Qual o papel da agricultura na geopolítica mundial?
– Crise energética: como nos adaptarmos?
– O futuro da produção de milho em Portugal: constrangimentos e oportunidades;
– A importância do regadio para os países mediterrânicos;
– A produção de milho no âmbito do novo PEPAC;
– A origem dos alimentos;
– Que desafios se colocam à agricultura portuguesa nas próximas décadas?
O milho tem sido, ao longo dos últimos anos, a cultura arvense mais representativa da agricultura nacional de regadio e por isso, cientes dos desafios que a agricultura portuguesa enfrenta, a organização, que está a cargo da Anpromis — Associação Nacional dos Produtores de Milho e Sorgo, decidiu organizar este Encontro para debater temas estratégicos para o setor.
Esta iniciativa conta com a participação de seis ex-ministros da Agricultura que vão participar no último painel do congresso. Juntos vão debruçar-se sobre os “desafios que se colocam à agricultura portuguesa nas próximas décadas?”, num debate que a organização espera “extremamente interessante e vivo em torno de um sector que se revela extremamente importante não só no desenvolvimento do nosso País, como na coesão do território português”.