No âmbito do debate público sobre a requalificação do Campo Emílio Infante da Câmara (CEIC), a concelhia do Bloco de Esquerda de Santarém apresentou uma série de propostas e considerações ao executivo municipal.
Sobre a praça de touros, propriedade da Santa Casa da Misericórdia, o Bloco considera que “enquanto edifício de grande volumetria e integrante do histórico da cidade, deverá ser requalificado, adaptado e modernizado, não só na imagem mas também na sua utilização, com objetivo de dotar Santarém de um espaço cultural com fins e valências múltiplos”. O BE entende que “a praça de touros poderá ser complementada com outros espaços, como comerciais e de lazer”.
Embora o edifício seja propriedade da Misericórdia, o Bloco entende que “esta obra requer uma significativa mobilização de dinheiros públicos, pelo que as entidades responsáveis pelo espaço devem apresentar um projeto conjunto que defenda o interesse das populações e do município”.
Quanto à instalação de um terminal rodoviário no Campo Emílio Infante da Câmara, projeto a concretizar no âmbito da empresa intermunicipal de transportes públicos CIM Lezíria do Tejo, o Bloco afirma que mesmo sendo “temporário é injustificável”.
O BE considera que se “trata-se de uma infraestrutura volumosa, com regras de segurança específicas e características que se traduzem num investimento público considerável e num largo intervalo temporal de execução”. desta forma, o Bloco propõe “que o executivo municipal encontre um destino mais adequado e que conceba um plano de mobilidade para o município mais eficiente”.
O Bloco é contra o desenvolvimento dos transportes públicos coletivos na cidade, pois considera que “a instalação do terminal rodoviário no CEIC vai agravar o tráfego no centro da cidade e subtrair-lhe espaços verdes, culturais, recreativos, ou outros, e não beneficiará qualidade de vida das populações”.
O comunicado conclui que “dada a envergadura e o custo desta construção, exigimos um planeamento definitivo e que responda às necessidades das pessoas e do meio ambiente”.
Numa posição conservadora, o Bloco defende a manutenção dos edifícios existentes no Campo Infante da Câmara, considerando que “o novo Campo Infante da Câmara deve resultar de um projeto que tenha em conta a racionalidade e a sustentabilidade, aproveitando o já edificado”.
Mas concorda com a proposta apresentada que contempla a construção de uma nova biblioteca, com múltiplas valências e que inclua um espaço expositivo, de modo a fomentar a cultura e diferentes expressões artísticas.
Concorda também com a proposta apresentada, que garante espaços arborizados e verdes, dotados de equipamentos de lazer e desportivos. De igual modo apoia o projeto proposto ao criar condições para atender às necessidades e finalidades das coletividades da cidade.