A Câmara de Constância não pára de nos surpreender. Ao promover o “Halloween”, uma festa com fundamentos neopagãos, anticristã, o novel presidente diz bem ao que vem…
No programa oficial, a expensas públicas, só falta mesmo uma quermesse e tiro aos pratos…
Onde fica a responsabilidade institucional pela defesa do património imaterial? Que dizer dos estragos que iniciativas como esta provocam na formação das nossas crianças?
O Halloween com o costume alheio brutesco da maldição “doçura ou travessura” não é mais do que um verdadeiro atentado perpetrado contra o nosso património imaterial do “Pão-por-Deus”. Um atentado que recentemente passou a contar com o apoio do Ministério da Educação, através das escolas. Por detrás da forma de brincadeira, esconde-se a armadilha. Práticas ingenuamente tidas por lúdicas levam inevitavelmente à subvalorização do fenómeno. E abrem as portas para a componente ateia e anticristã da sociedade, de dessacralização. Este é o ponto! Esta festa importada, ocupa o lugar de momentos importantes para os crentes católicos. E esse é o verdadeiro objectivo dos seus mentores.
Nada surge por acaso. As crianças são induzidas para o mundo da magia, do oculto, do esotérico, do macabro, do horrendo. Há estudiosos que já se pronunciaram sobre estes efeitos na própria psique infantil. O problema do Halloween não reside numa brincadeira, numa mera questão cultural. Este tema tem contornos antropológicos e espirituais. Na escola deveria promover-se -isso sim – capacidades cognitivas simples e complexas. Tudo o que ali é conceptualizado no contexto do ” Dia das Bruxas ” está em estreita relação com uma concepção de realidade que colide com a liberdade humana, dadas as superstições e a chamada relação distorcida com a morte. Não! A escola não pode promover o Halloween com os dinheiros públicos. O culto da morte não é um valor da nossa matriz judaico-cristã. É um anti-valor. Os professores do costume dizem que “os miúdos gostam muito do Halloween”. Estão a cometer um erro grosseiro. Estão a interferir negativamente no imaginário das crianças. A Escola só tem é de defender os valores da vida e da liberdade assentes na dignidade da pessoa humana. Sem bruxas e sem medos.
E com liberdade de religião individual que respeite a Constituição e a Declaração Universal dos Direitos do Homem. O relativismo cultural é o maior perigo actual que grassa na nossa sociedade. Que os pais saibam transmitir aos seus filhos os valores do humanismo cristão. Faz todo o sentido invocarmos aqui as preocupações do então Prefeito Ratzinger sobre a necessidade de fazer gravar no projecto europeu a nossa matriz judaico-cristã. Por causa das bruxas… Também.
Maria Barroso, mulher de Mário Soares, chegou a investir numa campanha contra os perigos da exposição das crianças à informação desregrada do mundo da comunicação audiovisual. Era uma mulher inteligente que cedo percebeu os efeitos nefastos que uma educação negligente pode ter na psique infantil.
Precisamos de gente inteligente.
José Luz
(Constância)
PS – não uso o alegado AOLP