Hoje, sem dúvida, que algumas forças políticas, o “negócio da doença” com seus grupos económicos cada vez mais robustos, alguns sectores profissionais da saúde e a comunicação social sedenta de sensacionalismo, estão unidas no maior ataque de sempre ao SNS.
É uma campanha bem montada e bem orquestrada que tem inclusivamente algum tempero “de esquerda” que cavalga a onda do descontentamento. Espalha-se à exaustão a ideia do “caos”.
Acabou-se o “amor à camisola”, reivindicam-se condições hoje difíceis de satisfazer dado que os meios são finitos, o dinheiro é de todos e é pouco! Todos sabemos que é muito difícil competir economicamente com a iniciativa privada que, além do financiamento garantido (uma grande fatia é do orçamento do estado, dos subsistemas, dos seguros, de utentes com possibilidades financeiras) não prestam um serviço universal e muito menos tendencialmente gratuito, podendo escolher as áreas de negócios e as clientelas. Podem, ainda, aliciar os técnicos formados no SNS pagando-lhe muito bem, por um trabalho mais confortável !
Temos que ser, novamente todos, a defender o SNS. É necessário acabar com a teoria do caos. Não nos deixemos desanimar com o canto das várias sereias. Não podemos desistir! É necessário um consenso que leve à reestruturação do SNS, sem dogmas, sem populismos, sem inflexibilidade, sobretudo com muito realismo .
Renato V. Campos
SNS é muito importante para todos nós, estamos dependentes dele. O seu bom funcionamento é uma condição prioritária para o país.