A Unidade Local de Saúde da Lezíria (ULS da Lezíria) alcançou um marco significativo no tratamento da diabetes tipo 1 ao colocar pela primeira vez uma “bomba de insulina” num jovem paciente. Tiago Delgado, diagnosticado em fevereiro deste ano, foi o primeiro beneficiado com este dispositivo inovador na instituição.
O jovem, que começou a ser seguido na Consulta de Diabetes Pediátrica da ULS da Lezíria em fevereiro deste ano, altura em que recebeu o diagnóstico, expressou o seu contentamento com a receção do equipamento: “Fiquei satisfeito, porque a bomba de insulina vai ajudar a melhorar a minha qualidade de vida”, afirmou, refletindo o impacto positivo que este dispositivo terá no seu dia-a-dia.
O Centro de Tratamento de Sistemas de Perfusão Subcutânea Contínua de Insulina (PSCI) da ULS da Lezíria, responsável pela implementação, destaca a importância deste avanço. Filipa Vilarinho, pediatra e coordenadora do centro, referiu que esta intervenção representa “um grande avanço clínico e tecnológico para a instituição”, sublinhando as vantagens da bomba de insulina, que imita o funcionamento do pâncreas e melhora significativamente a qualidade de vida dos pacientes.
O Sistema de Perfusão Subcutânea Contínua de Insulina (ou “bomba de insulina”), é um aparelho de pequenas dimensões, que injeta insulina continuamente no organismo, tendo como objetivo imitar o funcionamento do pâncreas. Sobre este ponto, Filipa Vilarinho salienta as vantagens do equipamento: “Este sistema permite uma melhoria significativa na qualidade de vida de quem tem diabetes tipo 1, eliminando a necessidade de múltiplas injeções diárias de insulina (mínimo seis vezes por dia) e contribuindo para um melhor controlo da doença.”
A médica explica que o processo de colocação do dispositivo inclui uma formação intensiva de três dias para os jovens e seus pais, seguida de avaliações periódicas. “Este sistema elimina a necessidade de múltiplas injeções diárias e contribui para um melhor controlo da diabetes tipo 1”, afirmou Vilarinho.
A ULS da Lezíria, que acompanha crianças e adolescentes com diabetes desde 2012, prevê instalar mais 11 bombas de insulina até ao final do ano, consolidando o seu papel na inovação terapêutica para a gestão da diabetes.