O presidente do Comité Olímpico de Portugal (COP), José Manuel Constantino, morreu hoje, aos 74 anos, em Lisboa, anunciou hoje o organismo olímpico, durante a cerimónia de encerramento dos Jogos Paris2024.
“Faleceu este domingo o presidente do COP, José Manuel Constantino. É com grande pesar que o COP partilha esta notícia, num dia de grande tristeza para a sua família e amigos, e para o desporto português. O nosso Presidente há muito lutava contra a doença e foi-nos dando ano após ano, dia após dia, exemplos de grande tenacidade na liderança da organização. A todos os familiares e amigos apresentamos sentidas condolências”, lê-se no sítio oficial do COP na Internet.
José Manuel Constantino foi homenageado a 19 de março deste ano, na cerimónia dp feriado municipal, com a medalha de ouro da cidade de Santarém. No ano passado, a 17 de fevereiro, foi também homenageado pelo Município e pela empresa municipal Viver Santarém, com o Prémio Dedicação, na Gala do Desporto.
José Manuel Constantino presidia ao COP desde 26 de março de 2013, quando sucedeu a Vicente Moura, no auge da sua experiência no dirigismo desportivo, após liderar o Instituto de Desporto de Portugal, antecessor do Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ), e a Confederação de Desporto de Portugal.
Nascido em Santarém, em 21 de maio de 1950, Constantino foi o primeiro licenciado em Educação Física (1975) a presidir ao COP, depois de uma vasta experiência na docência, tanto no ensino universitário (1994-2002), como no ensino básico, no início da carreira (1973-1986).
Com vários livros e inúmeros artigos publicados sobre desporto, era um dos grandes pensadores sobre o fenómeno em Portugal, algo que foi reconhecido com os títulos de Doutor Honoris Causa pela Universidade do Porto, em 2016, e pela Universidade de Lisboa, em 2023.
Neste último reconhecimento, em 22 de novembro de 2023, na Faculdade de Motricidade Humana (FMH), o Presidente da República dirigiu-se diretamente a Constantino, elogiando-o: “O desporto português aprendeu consigo”.
“Não pode descansar, nunca descansou na vida. A sua vida foi feita de canseira ao serviço de Portugal. E, por isso, eu aqui estou para lhe agradecer, em nome de Portugal, esse passado de canseiras, mas apostar num futuro de canseiras que tem à sua frente”, reconheceu, então, Marcelo Rebelo de Sousa.
Atleta federado de futebol nos Leões de Santarém (1962-1967), chegou ao dirigismo apenas em 1985 como secretário técnico da direção do Sport Algés e Dafundo, passando posteriormente a assessor da direção da Federação Portuguesa de Halterofilismo (1986-1990).
Em 2000, o seu primeiro projeto de âmbito nacional quando assumiu a presidência da Confederação do Desporto de Portugal, cargo que abandonou em 2002 para comandar o Instituto do Desporto de Portugal (IDP).
Entretanto, em 2001, foi membro do Conselho de Fundadores da Fundação do Desporto e de 2001 a 2005 integrou o Conselho Superior do Desporto.
José Manuel Constantino foi também presidente da Comissão de Coordenação Nacional do Ano Europeu de Educação pelo Desporto (2003–2004).
De 1996 a 2002, assumiu a direção do departamento dos Assuntos Sociais e Culturais da Câmara Municipal de Oeiras e entre 2006 e 2013 presidiu ao Conselho de Administração da Oeiras Viva, EEM.
Morreu hoje, após três dias de internamento, num hospital em Lisboa, depois de ter acompanhado a melhor representação portuguesa em Jogos Olímpicos em Paris.
Tal como em Tóquio2020, Portugal conquistou quatro medalhas, mas mais valiosas, com o ouro no madison, por Rui Oliveira e Iúri Leitão, prata também no omnium, ambas no ciclismo de pista, a prata de Pichardo no triplo salto e o bronze de Patrícia Sampaio no judo.
Reações à morte do presidente do Comité Olímpico de Portugal
Reações nas redes sociais à morte do presidente do Comité Olímpico de Portugal (COP), José Manuel Constantino, no domingo, aos 74 anos, vítima de doença prolongada:
– Pedro Pichardo (campeão olímpico do triplo salto em Tóquio2020 e prata em Paris2024): “Dia muito triste! Obrigado por tudo, Presidente, as maiores condolências a toda a família”.
– Irina Rodrigues (lançadora olímpica): ”Obrigada por tudo, sr. Presidente! Os meus sentidos sentimentos aos seus familiares!”.
– Miguel Nascimento (nadador olímpico): “Que descanse em paz. Obrigado por tudo o que fez pelo Desporto Olímpico em Portugal”.
– Ricardo Gonçalves (presidente da Câmara Municipal de Santarém): “O Desporto em Portugal teve hoje, dia do encerramento dos Jogos Olímpicos de Paris, uma perda irreparável. Faleceu José Manuel Constantino, Presidente do Comité Olímpico de Portugal. Um ser humano fantástico, nascido em Santarém, com uma craveira intelectual ímpar. Um Homem do desporto, com grande reconhecimento nacional e internacional. Os nossos sentimentos a toda a sua família”.
-União de Freguesias da Cidade de Santarém – A União de Freguesias da Cidade de Santarém manifesta o seu profundo pesar pelo falecimento do Professor José Manuel Constantino, uma personalidade de enorme relevância humana e desportiva para a nossa cidade e país. O Presidente do Comité Olímpico de Portugal, nascido em Santarém, deixa uma marca incontestável e de reconhecimento nacional, no desporto português. Neste momento de luto, a União de Freguesias expressa as suas mais sinceras condolências à família e amigos do Professor José Manuel Constantino. Obrigado, Professor. Até sempre.
– Federação Portuguesa de Rugby: “Foi com profunda tristeza que recebemos a notícia do falecimento, neste domingo, do Presidente do Comité Olímpico de Portugal, José Manuel Constantino. Em nome de toda a família do Rugby, a Direção da FPR apresenta as mais sentidas condolências aos familiares, amigos e a todos os que, de alguma forma, foram tocados pelo seu legado”.
– Pedro Pimpão (presidente da Câmara Municipal de Pombal): “OBRIGADO CONSTANTINO! Estava eu a assistir a esta espetacular cerimónia de encerramento dos Jogos Olímpicos em Paris, quando recebi a triste notícia do falecimento do meu amigo José Manuel Constantino, que ainda era o atual Presidente do nosso Comité Olímpico. Quis o destino que o José Manuel nos deixasse precisamente no dia em que termina uma edição histórica para a participação olímpica portuguesa, pela qual tanto lutou em todos estes anos (e eu sou testemunha!). O José Manuel Constantino era um defensor acérrimo da valorização do desporto em Portugal e um verdadeiro pensador. Recordarei com emoção todos os conselhos que me deu quando me debrucei sobre estas matérias no Parlamento, as suas preocupações, a sua ambição e o orgulho que tinha nos nossos atletas. Caro amigo, estas 4 medalhas e todos estes diplomas também são seus e espero bem que o seu legado e as suas reflexões sejam acolhidas pelas entidades competentes para que a chama olímpica seja cada vez mais forte em Portugal. Obrigado por tudo amigo Constantino. Descanse em paz!”.
– União desportiva de Santarém: A UD Santarém vem por este meio lamentar a notícia do falecimento de José Manuel Constantino, presidente do Comité Olímpico de Portugal. Natural de Santarém, José Manuel Constantino foi atleta dos Leões de Santarém e deixa-nos uma vasta obra em prol do desporto português, em especial pelo movimento olímpico. Neste momento de tristeza, a UD Santarém apresenta as suas sentidas condolências à família e amigos.
– Pedro Sequeira (presidente da Confederação de Treinadores de Portugal): “Estou sem palavras. Obrigado por tudo o que fez pelo Desporto. Descanse em paz”.
Federações elogiam o homem e manifestam pesar
As federações portuguesas de atletismo, canoagem, ciclismo, ginástica, natação, andebol, triatlo e ténis de mesa expressaram hoje pesar pelo falecimento do presidente do Comité Olímpico de Portugal (COP), elogiando os méritos de José Manuel Constantino.
“Teve um papel relevante no desenvolvimento do desporto nacional e, ultimamente, liderando o COP, no desenvolvimento do ideal olímpico e dos seus valores”, elogiou o presidente da Federação Portuguesa de Atletismo, Jorge Vieira.
Já a Federação Portuguesa de Canoagem, através do presidente Vítor Félix, garante que o desporto luso “fica mais pobre”: “Depois de tanto resistir à doença, quis o destino que partisse no fim dos Jogos Olímpicos de Paris”.
“Caro amigo presidente, terminou a missão! E terminou bem, como a melhor participação Olímpica de sempre. Uma referência pessoal para mim, grande amigo, conselheiro, confidente, prometemos continuar a lutar aqui por si pelos ideais do Desporto e pelo seu reconhecimento social e político”, acrescentou Vítor Félix, despedindo-se com um “até sempre amigo professor!”
Já a Federação Portuguesa de Ciclismo destaca a “sincera consternação” com que tomou conhecimento da notícia: “O dia de encerramento dos Jogos Olímpicos é de profunda tristeza para o desporto português, que perde uma das vozes mais lúcidas na defesa da relevância social do desporto”.
O organismo velocipédico endereça, assim, “as mais sentidas condolências aos familiares, amigos e a toda a família olímpica portuguesa”.
“É de forma muito sentida que anunciamos que o presidente do COP, José Manuel Constantino, faleceu hoje. Um Senhor que defendeu intrepidamente a evolução do desporto em Portugal. À família, amigos e a toda a comunidade desportiva, as nossas mais sentidas condolências”, comunicou a Federão de Ginástica de Portugal (FGP).
A de natação publicou uma mensagem mais singela, apresentando “sinceras condolências” à família, amigos e COP.
Já a Federação Portuguesa de Ténis de Mesa (FPTM) manifestou o seu “profundo pesar” pelo acontecimento, recordando o percurso do dirigente e apresentando “condolências” todos os que lhe são próximos.
Miguel Laranjeiro, presidente da Federação de Andebol de Portugal (FAP) diz que “Portugal e o desporto nacional ficam definitivamente mais pobres”, assegurando que Constantino ficará “sempre na memória” de com quem ele privou e que o sucesso de Portugal em Paris2024 muito se deve ao ex-dirigente.
“Nos últimos oito anos tive a oportunidade de partilhar com ele muitas conversas e ideias. Fiquei sempre mais rico no final de cada encontro. Era um profundo conhecedor e pensador do desporto a nível nacional e internacional. Defendeu a diversidade desportiva e o olimpismo como poucos. Estava do lado certo”, vincou Laranjeiro.
A Federação de Triatlo de Portugal (FTP), através do seu presidente Sérgio Dias, entende que o desporto português “perdeu um dos seus maiores apaixonados, o país vê partir um homem que amava a causa pública, e o triatlo tem, a partir de hoje, menos um grande amigo”.
José Manuel Constantino, que presidia ao Comité Olímpico de Portugal (COP) desde 26 de março de 2013, morreu no domingo, aos 74 anos, vítima de doença prolongada.
Liderou o organismo olímpico nas duas melhores missões de Portugal a Jogos, com a conquista de quatro medalhas em Tóquio2020 e Paris2024, depois da estreia no Rio2016.
Antes de presidir ao COP, o dirigente, natural de Santarém, liderou o Instituto de Desporto de Portugal e a Confederação de Desporto de Portugal.
Com vários livros e inúmeros artigos publicados sobre desporto, era um dos grandes pensadores sobre o fenómeno em Portugal, algo que foi reconhecido com os títulos de Doutor Honoris Causa pela Universidade do Porto, em 2016, e pela Universidade de Lisboa, em 2023.
Morreu hoje, depois de ter acompanhado a melhor representação portuguesa em Jogos Olímpicos em Paris.
Tal como em Tóquio2020, Portugal conquistou quatro medalhas, mas mais valiosas, com o ouro no madison, por Rui Oliveira e Iúri Leitão, prata também no omnium, ambas no ciclismo de pista, a prata de Pichardo no triplo salto e o bronze de Patrícia Sampaio no judo.
FPF elogia um dos grandes pensadores do desporto em Portugal
A Federação Portuguesa de Futebol (FPF) expressou hoje a sua “enorme tristeza” pela morte de José Manuel Constantino, considerando que o presidente do Comité Olímpico de Portugal (COP) foi um dos “grandes pensadores” do desporto no país.
“José Manuel Constantino foi um dos grandes pensadores do desporto em Portugal, um homem com profundo conhecimento da atividade desportiva e do dirigismo e que nunca deixou de defender as suas ideias”, elogiou o presidente da FPF, Fernando Gomes, em mensagem de condolências no site do organismo.
O dirigente fala de “enorme tristeza” pela perda de um cidadão que deu “grandes lições, com uma clareza e convicção notáveis na sua oratória, que sempre prendeu a atenção, tornando-se uma verdadeira fonte de inspiração”.
A FPF elogiou o “tribuno brilhante e homem de caráter”, considerando que o desporto e o país “perdem uma figura única e exemplar que nos ajudava a refletir e nos compelia a agir”.
Fernando Gomes destacou a “relação institucional de enorme confiança e relação pessoal de grande amizade”, pelo que é com “profunda mágoa” que assinala o seu desaparecimento.
“Com grande consternação dirijo os meus sentimentos à família e amigos e deixo uma palavra de pesar ao COP”, conclui o responsável.
José Manuel Constantino, que presidia ao Comité Olímpico de Portugal (COP) desde 26 de março de 2013, morreu no domingo, aos 74 anos, vítima de doença prolongada.
Liderou o organismo olímpico nas duas melhores missões de Portugal a Jogos, com a conquista de quatro medalhas em Tóquio2020 e Paris2024, depois da estreia no Rio2016.
Antes de presidir ao COP, o dirigente, natural de Santarém, liderou o Instituto de Desporto de Portugal e a Confederação de Desporto de Portugal.
Com vários livros e inúmeros artigos publicados sobre desporto, era um dos grandes pensadores sobre o fenómeno em Portugal, algo que foi reconhecido com os títulos de Doutor Honoris Causa pela Universidade do Porto, em 2016, e pela Universidade de Lisboa, em 2023.
Morreu hoje, depois de ter acompanhado a melhor representação portuguesa em Jogos Olímpicos em Paris.
Tal como em Tóquio2020, Portugal conquistou quatro medalhas, mas mais valiosas, com o ouro no madison, por Rui Oliveira e Iúri Leitão, prata também no omnium, ambas no ciclismo de pista, a prata de Pichardo no triplo salto e o bronze de Patrícia Sampaio no judo.
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