Reclamações aumentam durante o verão, mas muitos desconhecem os seus direitos.
Com o aumento das viagens aéreas durante o verão, as reclamações relacionadas com cancelamentos e atrasos de voos disparam. Esta tendência foi confirmada pela DECO, que registou um crescimento considerável de queixas durante a época de férias, em especial por parte de consumidores que desconhecem os seus direitos.
Em entrevista ao Mais Ribatejo, Joaquim Sequeira, um viajante assíduo com destino aos Açores, relatou a sua experiência frustrante com um voo cancelado, no qual a companhia aérea não só falhou em prestar assistência adequada como também não o informou sobre os seus direitos. Apenas após recorrer à DECO, Joaquim Sequeira conseguiu obter uma indemnização de 250 euros, valor este estipulado pela União Europeia.
Raquel Fanha, jurista da delegação de Santarém da DECO, sublinha a importância de os consumidores estarem informados sobre os seus direitos em casos de cancelamentos e atrasos, que incluem o reembolso, reencaminhamento, assistência no aeroporto, alojamento e alimentação, e até compensações financeiras, dependendo das circunstâncias. A associação alerta ainda que muitas companhias aéreas não comunicam estes direitos aos passageiros, deixando-os desamparados nos aeroportos.
Com a legislação europeia a garantir um prazo de 7 dias para o reembolso, e o direito à compensação financeira em caso de atrasos superiores a 5 horas, a DECO aconselha os passageiros a guardarem todos os comprovativos de despesas, essenciais para reclamar posteriormente. O aumento de queixas registado pela DECO é um reflexo da falta de informação prestada pelas companhias aéreas e do crescente número de consumidores que procuram auxílio para garantir os seus direitos.
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