A Direção da Organização Regional de Santarém do Partido Comunista Português (PCP) emitiu um comunicado a alertar para a contínua degradação do Serviço Nacional de Saúde (SNS) no distrito de Santarém. O partido critica a falta de medidas eficazes por parte do Governo, apontando para a persistente escassez de médicos de família, especialistas, enfermeiros e outros profissionais de saúde.
Segundo o comunicado, mais de cem mil utentes no distrito continuam sem médico de família, enquanto milhares aguardam por consultas de especialidade ou cirurgias nas unidades hospitalares. O PCP acusa o atual governo PSD/CDS de dar continuidade à política do anterior governo PS, que, na visão do partido, tem contribuído para o enfraquecimento do SNS, favorecendo o setor privado da saúde.
O PCP destaca ainda a ausência de investimentos significativos em infraestruturas e equipamentos, e o recorrente encerramento de urgências hospitalares, nomeadamente nas áreas de Obstetrícia e Ginecologia. A visita recente da Ministra da Saúde ao Hospital de Abrantes foi classificada como infrutífera, sem trazer soluções concretas para os problemas que afetam a região.
A construção de um novo hospital privado em Santarém é também alvo de críticas por parte do partido, que alerta para o aumento dos custos que as famílias terão de suportar caso sejam obrigadas a recorrer ao setor privado. O PCP reafirma a necessidade de implementar medidas urgentes para fortalecer o SNS, incluindo o aumento das remunerações dos profissionais de saúde, a contratação de médicos recentemente formados, e a reversão do modelo atual de Unidades Locais de Saúde.
Por fim, a Direção Regional do PCP saúda a luta dos profissionais de saúde e das populações em defesa do SNS, que celebra 45 anos no próximo dia 15 de setembro, apelando à continuidade da mobilização em prol do serviço público de saúde.
