No âmbito das comemorações do centenário do nascimento do compositor Joly Braga Santos, a Cantata Cénica “Dom Garcia” está a ser reposta em Portugal, com apresentações marcadas para locais emblemáticos do país.
Esta obra monumental, que reúne 160 artistas em palco, incluindo orquestra, coro sinfónico, atores, cantores e bailarinos, estreou a sua versão integral a 30 de junho de 2024 no Centro Cultural de Belém. Após uma apresentação em Alcobaça, no festival Cistermúsica, a próxima récita está agendada para 5 de outubro, às 18h00, no Grande Auditório do CNEMA, em Santarém.
“Dom Garcia”, com música de Joly Braga Santos e libreto dos poetas Natália Correia e David Mourão-Ferreira, aborda o período histórico anterior à fundação de Portugal. A obra, originalmente estreada no icónico Festival de Vilar de Mouros em 1971, conta agora com uma produção de grande envergadura.
O elenco inclui a Banda Sinfónica da Polícia de Segurança Pública e o Coro Sinfónico Lisboa Cantat, sob a direção musical de António Costa. A encenação é assinada por Fernando Gomes, com coreografia de Catarina Moreira e figurinos de Maria Gonzaga. Entre os solistas e atores, destacam-se nomes como José Raposo, Marco Alves dos Santos e Bárbara Barradas.
Esta obra foi estreada em 1971 no Festival de Vilar de Mouros, então o primeiro Festival de Rock / Popular / Clássico, concebido e dirigido pelo visionário médico António Barge, com Elton John, Manfred Man / Amália, José Cid no Quarteto 1111, Jorge Palma, Paulo de Carvalho / António Vitorino de Almeida, Olga Pratz, Joly Braga Santos (como compositor), Natália Correia e David Mourão-Ferreira (como poetas/letristas), entre muitos outros.
As récitas contam com uma Comissão de Honra presidida pelo Presidente da República, sublinhando a importância cultural do evento. Existe ainda a possibilidade de uma futura edição discográfica internacional e planos para apresentações além-fronteiras, com especial enfoque na Galiza.
Os bilhetes para a apresentação em Santarém estão disponíveis por 5€, oferecendo ao público uma oportunidade única de experienciar esta obra-prima da cultura portuguesa.