Sábado, Outubro 5, 2024
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Centenas de bombeiros sapadores ocupam escadaria do parlamento em protesto

Centenas de bombeiros sapadores fardados ocupavam hoje às 13:00 as escadarias da Assembleia da República, em Lisboa, enquanto a polícia formava um cordão à entrada do parlamento.

À mesma hora, chegavam reforços da Unidade Especial de Polícia da PSP.

Ao fundo da escadaria, os manifestantes incendiaram vários pneus e queimaram um fato de trabalho dos bombeiros.

O rebentamento de vários petardos marcou o início da manifestação, um protesto ruidoso que começou ao meio-dia com latas de fumo e ao som de heavy metal e rock n’roll.

Cerca de 20 minutos depois, alguns bombeiros, fardados, forçaram a subida da escadaria da Assembleia da República.

Apesar da ordem policial para descerem, os bombeiros continuaram a formar e a libertar fumos de foguetes, acabando por se sentar nos degraus.

Às 12:30 cantaram o hino nacional, depois de terem gritado uma única palavra de ordem: “Sapadores”.

Em declarações à Lusa, o presidente do Sindicato Nacional dos Bombeiros Sapadores, Ricardo Cunha, afirmou que não estava prevista esta forma de protesto.

Acrescentou, no entanto, que a organização esperava mais de mil bombeiros na ação de protesto: “Só de fora [de Lisboa] vêm 600”.

PSP recusa falha de segurança no planeamento da concentração de bombeiros no parlamento

A PSP rejeitou hoje que tenha havido falhas no planeamento do dispositivo de segurança para a concentração dos bombeiros sapadores na Assembleia da República, embora admitindo imprevistos que obrigaram ao desvio de meios.

Sindicato dos bombeiros sapadores culpa Governo por excessos nos protestos

O sindicato dos bombeiros sapadores responsabilizou hoje o Governo por o protesto diante do parlamento ter ido além do que estava autorizado, com centenas de manifestantes a invadirem a escadaria e a obrigarem à intervenção da polícia.

“Sei que eles têm razão nos protestos, o que motivou isto foi o senhor secretário de Estado ter marcado uma reunião e, no fim, voltou a dizer que não tinha nada para apresentar. Qualquer pessoa normal devia perceber que não podemos faltar à verdade aos bombeiros… Se já andam revoltados, a probabilidade de isto acontecer era muito elevada. O culpado disto tudo acaba por ser o Governo”, afirmou o presidente do Sindicato Nacional dos Bombeiros Sapadores.

Em declarações aos jornalistas, Ricardo Cunha assumiu que o protesto “foi além do que estava legalizado” e confessou não saber quais possam ser as repercussões para os bombeiros, anunciando que a direção do sindicato vai reunir-se “para perceber o que correu mal”.

Centenas de bombeiros sapadores fardados ocupavam hoje às 13:00 as escadarias da Assembleia da República, em Lisboa, enquanto a polícia formava um cordão à entrada do parlamento.

À mesma hora, chegavam reforços da Unidade Especial de Polícia da PSP.

Ao fundo da escadaria, os manifestantes incendiaram vários pneus e queimaram um fato de trabalho dos bombeiros.

Às 13:20, um caixão branco foi levado em braços para a porta do parlamento enquanto os manifestantes gritavam a palavra “vergonha”, responsabilizando os decisores políticos pela situação da classe.

À frente das centenas de sapadores fardados, um grupo de manifestantes envergava t-shirts negras com a inscrição “Sapadores em Luta”.

Uma cruz de Cristo e tarjas com frases como “bombeiros sapadores em luta. Esqueceram-se de nós!… outra vez…” ou “sabes quem vai salvar o teu filho” estavam colocadas à frente do protesto.

Os sapadores lutam por uma regulamentação do horário de trabalho, pela reforma aos 50 anos e por um regime de avaliação específico, entre outras condições de trabalho.

Sindicato dos Bombeiros Sapadores desafia Governo a apresentar proposta negocial

O presidente do Sindicato Nacional dos Bombeiros Sapadores (SNBS) desafiou hoje o Governo a apresentar uma proposta negocial, após a ministra da Administração Interna se ter mostrado confiante de que as negociações vão chegar a um bom termo.

MAI diz que negociações com bombeiros estão a decorrer “a um bom ritmo”

A ministra da Administração Interna mostrou-se hoje confiante de que as negociações que estão a decorrer com os bombeiros vão chegar “a um bom termo”, mas recordou que os sapadores “dependem das autarquias” e “não do Estado”.

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