Uma ansiedade interrogada foi a rampa de lançamento a partir da qual a Associação informal FÓRUM RIBATEJO e a Divisão de Cultura abriram, no passado sábado, dia 29 de Abril, as portas à reflexão sobre a pertinência e fundamentos para que se atribua a Santarém o “cognome” de CAPITAL DO GÓTICO.
Os coordenadores: Elvira Marques, Luís Nazaré, Lurdes Veiga, Vítor Serrão, Carlos Amado e Luís Mata resolveram aproveitar, como pretexto, a ocorrência do Centenário do livro TRÊS TÚMULOS de Virgílio Correia (1924) e das Jornadas Mundiais do Património.
O Vereador da Cultura, Nuno Domingos, fez as honras da abertura (09h30), saudou a iniciativa, “numa cidade cada vez com mais eventos culturais” e emocionou-se com a quantidade e qualidade de público presente, que encheu o auditório da Casa do Brasil.
Moderados por Vítor Serrão e Carlos Matias, intervieram, a apresentar e a desenvolver conteúdos considerados de adequados à temática e de considerável valor, os seguintes especialistas:
Ângela Beirante (“A toponímia na Santarém Medieva”);
Carla Varela Fernandes (“Escultura gótica de Santarém no séc. XIV: reflexões, questões e contradições”);
Paulo Almeida Fernandes (“Santarém é um livro de pedra” – Cenário e memória de uma cidade medieval);
Luís Nazaré (“Um caso de estudo de Fernão Roiz Redondo em S. Nicolau”);
Luís Mata (“A minha boca não é um túmulo”: notas cripto-históricas àcerca fo Património tumular escacalabitano);
Eduardo Tavares (“Um caso – uma pista sobre São João do Alporão”).
A Vítor Serrão coube fazer o encerramento desta muito proveitosa Jornada (15h00), abordando também, com conhecomento e saber científico as vertentes mais importantes do referido livro de Virgílio Corrreia.
No momento Debate, referiu-se a abundância de trabalhos/Estudos feitos sobre valor e riqueza do património scalabitano, até mesmo de apreciável contribuição, escrita e recolha, do padre Joaquim Ganhão, Diretor do Museu Diocesano/Santarém e lanentou-se a sucessiva e penalizadora indiferença dos Gestores do nosso Município.
Ficou no ar a gratidão do público pelo desencadear da iniciativa e encastoada, no espírito e no coração dos presentes, a Esperança de que as Atas do evento vejam a luz do dia, e de que o comportamento dos responsáveis, face ao Património, herdado de laboriosos antepassados, crentes, artistas e não só, tenha sorte, futura, diferente.
Carlos Cruz
Do máximo interesse, para a cidade e a sua envolvente, mas ultrapassa esse universo. Da maior pertinência, pois, que se atribua a Santarém o “cognome” de CAPITAL DO GÓTICO. E sim, deverá ser Santarém a apresentar os fundamentos, para que tal venha a dar-se. E não se perca “a embalagem” e a persistência.