A Assembleia Municipal de Benavente rejeitou, na passada sexta-feira, a proposta da 4.ª Revisão ao Orçamento e às Grandes Opções do Plano de 2024, colocando em risco um investimento de 15 milhões de euros provenientes do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) destinados à habitação social no concelho.
A proposta foi chumbada com os votos contra do PSD (7) e do CHEGA (3), tendo o PS (5) e a Candidatura Independente (1) optado pela abstenção.
Em causa está a construção e reabilitação de 166 fogos, integrados na Estratégia Local de Habitação, cujas empreitadas estavam previstas arrancar em duas fases até ao final de outubro. O documento contemplava ainda investimentos na área da educação, nomeadamente a ampliação do Jardim de Infância da Lezíria em Samora Correia e do complexo escolar das Areias em Benavente.
Face a esta situação, a CDU, força política que lidera o executivo municipal, já solicitou ao Presidente da Assembleia Municipal o agendamento de uma sessão extraordinária para reapreciação da proposta, alertando para a importância destes projetos para o desenvolvimento do concelho.
O executivo municipal considera que esta rejeição “coloca em causa” não só o investimento na habitação social como também “afeta investimentos na área da educação”, acusando os partidos da oposição de privilegiarem “estratégias partidárias” em detrimento dos “interesses das populações”.
A nova sessão extraordinária da Assembleia Municipal representará uma segunda oportunidade para que os eleitos locais reconsiderem a sua posição face a estes projetos que a autarquia considera “essenciais para o desenvolvimento do concelho”.
Tem o perfume de início da campanha eleitoral para as autárquicas de 2025.
E, como sempre, o tempo e a vida vão ser o critério para a verdade.