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Homenagem a José Manuel Raimundo na SRO Santarém a 26 de Outubro

A Sociedade Recreativa Operária (SRO) de Santarém irá homenagear José Manuel Raimundo, antigo presidente da associação e destacado resistente antifascista, numa cerimónia que decorrerá no próximo sábado, dia 26 de outubro de 2024, às 18h, no Palácio Landal, em Santarém.

José Manuel Raimundo, sócio da SRO desde 1949, exerceu funções como presidente da Direção da associação entre 1975 e 1976, e presidiu à Mesa da Assembleia Geral em 1982 e 1983. Para além do seu contributo no associativismo local, tendo também sido dirigente do Círculo Cultural Scalabitano e do Cine-Clube de Santarém, Raimundo teve um papel ativo na resistência à ditadura, destacando-se como um dos animadores da Comissão Democrática Eleitoral (CDE) nas eleições de 1969 e 1973 no distrito de Santarém.

Em 1973, presidiu ao último comício da Oposição Democrática em Santarém antes da Revolução do 25 de Abril, e foi delegado do distrito de Santarém na comissão nacional do Congresso Democrático de Aveiro.

Após a cerimónia de homenagem, será realizado um jantar-convívio. Os interessados podem obter mais informações ou fazer a inscrição através do email secretaria@sro.pt.

A homenagem a José Manuel Raimundo é organizada pela SRO em parceria com a Câmara Municipal de Santarém, e reflete o reconhecimento da sua dedicação ao movimento associativo e à luta pela liberdade.

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4 comentários

  1. Com o avanço da ideologia nazi-fascista e o reforço das suas organizações, é tempo de acordar e dar a conhecer o que foi a ditadura, assim como a luta travada, por muitas pessoas, com a finalidade de pôr termo à ditadura e construir uma organização sócio-económica e cultural mais justa, livre, fraterna, solidária e igualitária. Sim, porque a luta travada ao longo dos tempos, inclusive, durante os quarenta e oito anos de ditadura fascista, não tinha como objectivo, único, o seu derrube, muito pelo contrário, visava criar e construir um modelo alternativo ao capitalismo.

    Por isso, a melhor maneira de homenagear as pessoas que nos precederam é dar continuidade, retomar a luta com vista a criar as condições necessárias à construção de uma comunidade universal, onde a liberdade, a igualdade, a fraternidade, a solidariedade sejam efectivas, reais e a justiça seja lei.

    Porque, ao contrário do que nos querem fazer querer, se não derrubarmos o capitalismo e a sua ideologia obscurantista, corremos o risco de hipotecar o futuro, senão mesmo chegarmos ao fim da História, com a extinção da espécie humana.

    Todos os impérios destruíram e tornaram inférteis territórios geograficamente localizados. O império capitalista, como é planetário, ao contrário dos que o antecederam, tem vindo e continua a destruir as condições que nos permitem viver neste planeta. É tempo de acordar para a realidade e não pactuar com as manipulações e as realidades virtuais que criam percepções falsas que tendem a normalizar o que é absolutamente anormal.

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