Domingo, Novembro 10, 2024
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Putin defende acordo de paz com a Ucrânia com base na realidade militar no terreno

O Presidente russo, Vladimir Putin, afirmou hoje que qualquer acordo de paz com a Ucrânia deve ser construído com base nas condições atuais do campo de batalha, onde as forças russas controlam cerca de 20% do território ucraniano. As declarações foram feitas em Kazan, durante uma conferência de imprensa no encerramento da cimeira dos BRICS.

“Estamos prontos para considerar conversas de paz, mas com base nas realidades locais. Não estamos dispostos a fazer concessões além disso”, declarou Putin, sublinhando que a responsabilidade para iniciar negociações está do lado de Kiev, que, segundo o líder russo, continua a recusa do diálogo com Moscovo.

Durante a cimeira, representantes de países como China, Índia e Brasil apelaram à Rússia para que aliviassem a violência e iniciassem conversas de paz. “Todos querem que este conflito termine o mais rápido possível e, de preferência, por meios pacíficos”, afirmou Putin.

Em contraste, a diplomacia ucraniana celebrou o facto da declaração final da cimeira dos BRICS não mencionando explicitamente a visão de Moscovo sobre uma mudança na ordem mundial, imposta através da guerra. O Ministério dos Negócios Estrangeiros ucraniano sublinhou que a declaração reiterou o compromisso dos países com os princípios da Carta das Nações Unidas e a resolução do conflito.

Durante uma conferência de imprensa, Putin também acusou os Estados Unidos de apoiar um golpe de Estado na Ucrânia em 2014, referindo-se à revolta Euromaidan, que tirou para a Ucrânia a influência russa e iniciou o atual ciclo de violência.

Putin comentou ainda o progresso das forças russas na frente de combate, referindo que o Exército Russo “age com firmeza em todas as estratégicas” e avança em “todos os setores da linha de contato”. Destacou ainda a situação na região de Kursk, onde as tropas ucranianas estão cercadas, de acordo com o líder russo.

Recorde-se que, desde o início da invasão da Ucrânia em 2022, a Rússia anexou ilegalmente quatro províncias ucranianas – Donetsk, Lugansk, Zaporijia e Kherson – sem reconhecimento internacional, a par da anexação da Crimeia em 2014.

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