A Biblioteca Municipal de Rio Maior prepara-se para acolher, na próxima terça-feira às 15h00, a cerimónia de entrega do prestigiado Prémio António Quadros 2024, na categoria de História Contemporânea. A laureada deste ano é a historiadora Maria João Castro, da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.
A distinção foi atribuída à obra “Viagem à década de 1920. O diáfano brilho da extravagância” (2023), um estudo aprofundado sobre os “loucos anos 20” que conta com o prefácio do saudoso escritor Nuno Júdice (1949-2024).
O livro premiado oferece um olhar único sobre uma época de profunda transformação cultural em Portugal, explorando desde a vida noturna dos cabarés até às publicações marcantes da época, incluindo as revistas ABC e obras emblemáticas de António Ferro.
António Roquette Ferro, membro do júri, descreve a experiência de leitura como “um mergulho num poço de vivências”, enquanto Francisco Gautier destaca a forma “magistral” como o autor aborda a influência de António Ferro no panorama cultural português da época.
Mafalda Ferro, presidente da Fundação António Quadros e do júri, que inclui também Madalena Ferreira Jordão, salienta a amplitude da investigação realizada pela autora, que “não se cinge apenas aos acontecimentos em Portugal”, contextualizando a época tanto a nível nacional como internacional.
Este galardão, que no ano anterior distinguiu Richard Zenith pela biografia de Fernando Pessoa, tem sido atribuído desde 2011 em diferentes domínios, da Filosofia ao Turismo, passando por Poesia, Biografia, Romance e Música Popular.