Os trabalhadores do entreposto do Lidl em Torres Novas reuniram-se em plenário no passado dia 8 de novembro, junto à entrada das instalações na Zona Industrial, para debater problemas laborais e exigir condições dignas para o exercício da atividade sindical. A reunião, promovida pelo Sindicato do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP), contou com a participação de cerca de 30 trabalhadores.
A decisão de realizar o plenário no exterior deveu-se, segundo a CESP, à recusa da empresa em ceder o refeitório como local de reunião. Em vez disso, o Lidl teria indicado o parque das máquinas como alternativa – um espaço sem climatização, mesas ou cadeiras com condições acústicas limitadas. Para o sindicato, esta atitude por parte da empresa representa uma tentativa de dificultar a atividade sindical e comprometer o direito dos trabalhadores a uma reunião digna e segura.
Reivindicações dos trabalhadores
Durante o plenário, os trabalhadores do Lidl apresentaram várias reivindicações laborais, exigindo:
- Aumento salarial de pelo menos 15% para todos os trabalhadores, com um mínimo de 150 euros.
- Salário de entrada de 1.000 euros a partir de janeiro de 2025.
- Subsídio de alimentação diária de 10,20 euros .
- Conversão de contratos de meio período para período integral , com remuneração completa.
- Contratação de mais trabalhadores para funções de limpeza e vigilância nas lojas e armazéns.
- Contratos sem termo para todos os postos de trabalho permanentes.
A CESP manifestou publicamente o seu protesto face ao que considera uma “intromissão” do Lidl no direito à atividade sindical e apelou ao respeito pelos direitos constitucionais dos trabalhadores.
Os trabalhadores reiteram a sua determinação em exigir a luta por condições de trabalho dignas e pelo reconhecimento dos seus direitos no seio da empresa.