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Ribatejo Representado na Candidatura da Arte Equestre Portuguesa ao Património Imaterial da Humanidade

A candidatura da Arte Equestre Portuguesa ao Património Imaterial da Humanidade será comprovada pelo Comité Intergovernamental da UNESCO entre 2 e 7 de dezembro, em Assunção, no Paraguai.

“A Equitação Portuguesa é uma prática que se traduz na excelência do ensino do cavalo expressa na realização dos andamentos e ares de alta escola, que deriva do ensino praticado nas academias de arte equestre europeia, com particularidades que a distinguem, fundamentalmente as que advêm da equitação de trabalho de alaceamento e lide do touro, em campo ou em arena, ou nos jogos equestres”, indica a descrição patente no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial, do qual consta desde 2021.

A candidatura, apresentada pela Associação Portuguesa de Criadores do Cavalo Puro Sangue Lusitano, conta com o apoio do município da Golegã, considerada uma “capital do cavalo” em Portugal e um centro de excelência na criação e promoção do cavalo lusitano. A Golegã, situada no Ribatejo, é palco da secular Feira Nacional do Cavalo, evento que atrai anualmente milhares de visitantes e é uma celebração da cultura equestre ribatejana.

Esta prática equestre, inscrita no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial desde 2021, remonta à Real Picaria do século XVIII e preserva-se atualmente através da Escola Portuguesa de Arte Equestre (EPAE), localizada em Queluz. A EPAE continua a tradição dos cavaleiros portugueses, apresentando espetáculos no Picadeiro Henrique Calado, em Lisboa, e mantendo viva a prática que se distingue pelo estilo único, tanto no trajar dos cavaleiros como nos arreios e na relação entre cavaleiro e cavalo.

Se a candidatura for aprovada, a Arte Equestre Portuguesa juntar-se-á a outras expressões culturais nacionais reconhecidas pela UNESCO, como o fado, o cante alentejano e a dieta mediterrânica. Para o Ribatejo e para a Golegã, o reconhecimento reforçaria a importância da região na preservação e promoção desta arte, que é uma marca indelével da identidade cultural portuguesa e que ecoa em mais de 20 países onde existem praticantes.

A candidatura é um esforço conjunto para afirmar a relevância da Arte Equestre Portuguesa no panorama internacional, preservando uma tradição que vai além da prática desportiva, sendo um símbolo da história, cultura e identidade de Portugal, com um destaque especial para o Ribatejo.

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